Prisões

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Quanto mais eu busco respostas
Mais me deparo com perguntas
A dor é tão estranha como confusa
Todas as saídas termina em um fim

Infeliz de mim!
Ter que escolher que prisão pertencer
Até eu desfalecer e falecer
Eu fui presa com grades que eu permiti

Já dizia o poeta:
Até os pássaros são presos no céu.
Mas não me conformo, eu choro!
Porque lá fora, nunca me foi meu.

Há dias que as grades são invisíveis
Outros me impedem de ver o sol
Eu só queria saber como é ser livre
Como é ficar nu, nesse palco do mundo.

Ninguém consegue ouvir meu grito?
Estou muda, eu sei.
Mas continuo gritando
Na verdade agonizando!

Eu fiz tudo que me ensinaram
Mas acho que aprendi errado
Ou me ensinaram errado
Ou sou eu o erro todo.

Mas eu tenho que continuar acreditando
Nessa mentira bem contada
Nesse dilema que virou lenda
Nesta aceitação que nega tudo.

É covardia me exigir sanidade
Se tudo ao meu redor tenta se equilibrar
Fico aparando meus destroços
Enquanto o mundo me destrói mais.

Chego a seguinte conclusão:
Eu sou um livro de perguntas
Um texto de respostas
E uma biblioteca de histórias!

Laura Pinheiro

Insana'MenteOnde histórias criam vida. Descubra agora