Capítulo 22.

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 O sinal toca e saio de meus devaneios, essa garota está mexendo com fogo e vai acabar se queimando. Me afasto e saio sem sua resposta, talvez não queira saber qual seja, não sou paciente e muito menos bonzinho. Vou até a sala e pego meus livros, peço desculpas ao professor que acabara de entrar, ao me virar vejo Lizzie entrar e me fitar com malícia, o que está acontecendo com ela? Isso deve ser alguma aposta, não é possível. Vejo que sua blusa ainda está molhada, está marcando menos, mas ainda está marcando seu corpo, o professor a fita e posso sentir os pensamentos sujos em sua mente.

— Senhorita Norhan, me acompanhe por gentileza. - Saio da sala e a sinto vir atrás, paro ao ver uma de minhas melhores alunas parar em minha frente, se não me engano seu nome é Anne.

— Senhor Collins, tomei a liberdade de pegar o resumo de todos. - Me estende um monte de papéis e os pego. - Como o senhor não voltou, pensei em ajudar.

— É Anne correto? Anne Smith?

— Sim, senhor.

— Obrigado por se responsabilizar, te darei pontos extras por isso. - Sorri.

— Obrigada senhor Collins. - Sorri.

— Não temos que ir em algum lugar senhor Collins? - Lizzie fica ao meu lado e encara Anne.

— Claro. - A fito com cara de poucos amigos ao ver sua roupa desse jeito. - Até amanhã senhorita Smith. - A mesma assenti e sigo até a sala dos professores, abro a porta e dou passagem para Lizzie, olho se não tem ninguém e a fito. - Por que não secou sua blusa? - Esbravejo.

— Por que tinha que voltar para aula, sequei o que pude. - Cruza seus braços. - Me chamou aqui para isso? Eu tenho que manter minhas notas senhor Collins. - Diz com frieza, nem parece a garota de minutos atrás.

— Arg, Lizzie. - Resmungo e vou até meu armário, onde sempre guardo uma camisa extra, a pego e a entrego. - Vista isso, depois você me devolve, só não ande... Assim.

— Que exagero, logo vai secar e vai ficar tudo bem. - Sorri de canto e estende a mão com a camisa.

Pego em sua mão e a puxo para mim, seus olhos me fitam surpresa e minha vontade é de agarrá-la aqui e agora, como consegue me provocar dessa forma? Que garota atrevida.

— Então se você quer ficar se mostrando para os outros, tudo bem, só não reclame se ouvir o que não quer, nem todos os homens são gentis. - Sussurro e ela se afasta.

— Tanto faz. - Se retira ainda com a camisa em mãos.

— Eita garota difícil. - Suspiro e coloco os papéis na mesa.

(...)

Finalmente as aulas acabaram, acabo de guardar meus livros e sigo para meu carro, onde Andrew já me espera e como sempre, temos que esperar Lizzie parar de fofocar com as amigas. Me encosto no carro ao lado de Andrew e o mesmo suspira.

— Ela está correndo perigo? - O fito e o mesmo está fitando a irmã.

— Ela está correndo perigo desde que nasceu, afinal, é a balança dos mundos.

— Por que aquele demônio está perseguindo ela? - Fito Lizzie e tento achar uma resposta.

— De verdade? Eu não sei, ainda não consigo saber qual o seu poder.

— Seu poder não seria, ir a todos os mundos?

— Não, todas conseguem fazer isso, igual a escolhida, para ser mais exato, sua avó. - Nos fitamos e ele parece pensar.

— Eu acho que ela não está nos contando tudo, minha irmã sempre foi de esconder as coisas e só quando dá algo errado, que ela desembucha.

— Por que acha isso? - O fito.

A prometida de Declan. - Livro 4.Onde histórias criam vida. Descubra agora