BATIDAS NA PORTA

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Toc Toc - O som volta a se repetir, dessa vez despertando Elliott. Olha de um lado pro outro, esfrega os olhos enquanto boceja.

Elliott: Mas quem diabos é essa hora da manhã?

Levanta, atravessa a pequena sala e abre a porta. O corredor estava vazio.

Elliott: Brincadeira idiota - retorna irritado.

Enquanto resmunga, olha para o amigo ainda adormecido. Avança para o segundo cômodo. Enquanto caminha sente um incômodo no braço. Vira-o encostando a mão no ombro. Na parte inferior do ante braço, vê um corte de uns 12 centímetros. Toca o dedo - aí!
Mas que diabos! Vou precisar de pontos.

Onde vou achar um médico a essa hora? - ri.

Com a cabeça um pouco pesada e o andar um tanto quanto lento, segue em direção ao banheiro levando uma maleta pequena de couro branco. Vê uma garrafa quebrada em mil pedaços no chão do assoalho.
- Entao foi você - pensa.

Da maleta tira uma agulha curvada e uma linha bem fina, porém resistente. Vira o braço, e de frente para o espelho começa a pontear.
É interrompido novamente pelas batidas na porta.
Irritado, dá meia volta se programando para não descontar em quem quer que esteja batendo. Novamente, ninguém, o corredor permanece vazio. Olha do início ao fim, "deve ter uns trinta metros de comprimento". Impossível alguém correr aquilo tudo em menos de quatro segundos, já que esse foi o tempo que levou até abrir a porta.

O doutor então considera a hipótese de ainda estar sonolento. Porém a pequena parcela de dor que está prestes a sentir o deixará bem desperto.

alguns instantes mais tarde

Steve: - Não é possível que tenha feito tudo isso em tão pouco tempo - diz pondo a mão na cabeceira da cadeira enquanto observa a mesa pronta para o breakfast." E esse pãozinho?"

Elliott: Está a sua espera meu amigo - Diz levando uma torrada a boca.

Smith já estava asseado e com roupa de trabalho.

Elliott: Coma! O dia hoje vai ser cheio.

Steve: Nem me fale. Estava gostando tanto dessa pausa.(risos)

Elliott: quase vinte e quatro horas sem nada. Está muito quieto. Estou com um mau pressentimento inspetor.

Steve se junta ao amigo no café da manhã. Ambos conversam sobre o caso. Os cavaleiros sabem que algo ruim está para acontecer.

enquanto isso na porta

- Sr. Elliott Smith, telegrama para o senhor - Bradou a voz vinda da porta.

Steve, após tirar o guardanapo do colo, vai até a porta.

- Telegrama para o senhor, Inspetor.

Um rapaz de cara pálida lhe entrega o bilhete. De volta a mesa, abre-o e lê com muita atenção. As expressões calmas do bom detetive se transformam. Seus olhos sempre tranquilos dão lugar aos de desespero. Lágrimas caem como uma cachoeira recém-formada. Suas mão tremem como vara verde em dia de tempestade." Não, não, não!" Sua voz rouca quase não emite som. Um choro descontrolado irrompe. Desfere um golpe na mesa. Elliott tenta acalmar o amigo.

Steve: Saia de perto de mim - Diz num grito furioso. Você me prometeu. Você me prometeu.

Elliott: - Steve!

Steve: Não!!! - Não diga nad...(o choro o controla finalmente)

Steve se recolhe em posição fetal ao pé da mesa. De sua mão cai o bilhete, Elliott pega e o lê.

Elliott: Meu Deus! Não é possível!






















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⏰ Última atualização: Jul 24, 2023 ⏰

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