O Estranho Do 303 [Jikook]

Gato, mia!

Boa leitura 🖤

— Dowoon, quantas vezes terei que te dizer que eu não gosto do Taemin? — indaguei após ver o meu amigo com uma cara maliciosa. Claro que não foi a primeira vez que ele carrega esse olhar sugestivo.

Em uma semana desde o dia dos mortos, especificamente, eu acabei arranjando um emprego que, por sua vez, era próximo à minha casa — levando em consideração que o dia dos mortos foi há quase um mês. Era um serviço que recebia pouco mais do que um salário mínimo, então era satisfatório. Que tipo de trabalho? Garçom de um dos restaurantes mais frequentados da região onde moro. Ele não é chique, mas também não é aquelas lanchonetes. Ele é diferente, talvez vá a ser por este motivo o destaque que vem havendo aqui.

— Aish, Jimin! Me ouça, vocês ainda vão ficar juntos, escreve o que estou dizendo. — ele disse e logo ouvi uma das mesas despertar no celular de Dowoon, indicando que o mesmo deveria ir para o número da mesa a qual estava em seu aparelho. Dei risada, me sentindo aliviado pelo mesmo ir embora.

Quem é Taemin? Bom, ele é um cliente do restaurante que exige sempre que seja atendido por mim. Ele é famoso nas mídias sociais, porém eu não me importo muito com a sua popularidade. O que mais me preocupa no momento são aquelas malditas cartas que eu venho recebendo. Aquela não foi a primeira e estava longe de ser. Hoje possuo mais de 3 cartas. Suspirei, encarando o vazio. Me perguntava o motivo delas e quem enviou.

— Acorda! — ouvi Dowoon dizendo enquanto estalava os dedos em frente ao meu rosto, me fazendo voltar para a realidade. — Lee Taemin está no restaurante, como sempre. Vá lá atender ele. Não se esqueça de ser simpático e atrevido, ele gosta de homens assim. — ele riu e me entregou o tablet que usou para anotar os pedidos da outra mesa. Era algo muito avançado, pois cada pedido após confirmado aparecia no aparelho da equipe cozinheira.

— Eu já disse que eu não estou com vontade nenhuma de sair com Lee Taemin! — disse e revirei os olhos, logo seguindo para a mesa do moreno. Ele já sorria ao notar o meu avanço. Convenhamos, eu não podia negar de forma alguma, Lee Taemin é maravilhoso, contudo não é de meu interesse manter uma relação com alguém neste momento. — Boa noite, senhor. O que deseja esta noite? — indaguei, mesmo já sabendo da resposta.

— Vou querer um vinho e uma porção pequena de salada. — marquei como sempre nas mesmas opções para Taemin. Ele sorriu e deixou o cardápio sobre a mesa. Já estava me retirando, portando o ouvi me chamando de novo. Revirei levemente os meus olhos. Tudo aquilo só gerava mais boatos. — Eu quero lhe fazer uma pequena proposta. Vou ser direto ao ponto, pois sei que está em seu local de trabalho. Jimin, aceita sair para jantar comigo? — questionou. Comecei a olhar para os lados, pensando em mil e uma maneiras de negar aquele pedido. Nada parecia se encaixar como uma boa desculpa. — Não precisa me responder agora, certo? Outro dia eu volto e espero ter a resposta. — Sem saída, concordei e me retirei de perto da mesa. Deixei o tablet sobre o balcão e me apoiei ali.

— E essa carinha? Já sei! Ele finalmente te chamou para sair, não foi? — a minha não resposta foi mais do que suficiente para fazer o meu amigo chacoalhar o meu corpo e começar a dizer de forma eufórica que eu deveria aceitar aquele convite, caso contrário seria muita burrice de minha parte. Em fragmentos, aquilo é verdade, contudo não me interessava por Lee Taemin, nem por ninguém.

— Já lhe disse que não tenho intenções precipitadas com aquele moço bem dotado. — argumentei formalmente. Dowoon era uma máquina descontrolada. Não sabia a hora de parar de falar e insistir. Aquilo ás vezes me irritava, todavia chega a ser cômico a decepção dele comigo no dia seguinte.

Assim passou-se o restante do expediente; um Dowoon irritante apontando lados bons para que eu fosse ao maldito encontro e alguns clientes impacientes, o que você percebia que era bem comum em dias de trabalho. Eu e os funcionários recolhemos nossas coisas que geralmente levamos para o trabalho, como nossas mochilas e outros pertences, logo saímos todos ao mesmo tempo. Quem fechava o restaurante? A princípio, é colocado uma placa escrito "fechado". O dono do restaurante fechava oficialmente o local.