Fala viados
Como vcs tão nessa quarentena?
EAD é um saco né? Ksksks
Desculpa aí a demoraEu podia lembrar de tudo o que tinha acontecido. E infelizmente, eu gostaria de poder esquecer. Mas eu não conseguia.
Meu rosto se encontrava enterrado nas costas de Tony, que pedalava minha bicicleta de uma forma desengonçada.
Quando liguei para Tony, ele não demorou mas quando chegou meu pai não estava mais lá. Então, ele teve o desprazer de me encontrar em uma das piores situações da minha vida.
Tony quis me levar para um hospital para cuidar dos machucados e dos cortes em meu rosto, mas eu não concordei com isso. Eu disse que queria ir para algum lugar calmo, onde eu pudesse finalmente aquietar a minha mente.
Como não estou em condições de pedalar e ele está tentando. E é bom saber que ele consegue enfrentar um medo dele se isso significa que fará bem para mim.
Mais uma vez estava nevando, e todos aqueles flocos de neve caiam sobre o meu rosto e se misturavam com algumas lágrimas que desciam pela minha bochecha. Minhas mãos envolviam na cintura dele, e meu rosto estava praticamente afundado no seu casaco.
Esse era mais um daqueles dias que você simplesmente quer que acabe, quer esquecer que existiu.
Enfim, nós viemos até aquela cachoeira, mas agora tudo está diferente, porque ela é só gelo. E, o chão agora é coberto de neve. Porém, aqui ainda é um dos meus lugares favoritos.
Tony e eu nos sentamos no chão e um silêncio ensurdecedor tomou conta do lugar, fazendo com que eu pudesse ouvir todo aquele barulho na minha mente. A minha cabeça martelava tudo o que aconteceu, e eu não consigo parar de pensar. É tortura.
- Como você tá se sentindo? - Tony diz, baixo.
O encarei por alguns segundos, e balancei os ombros em desdém. Sério, eu não faço a mínima ideia do que ele quer que eu responda.
- Tem certeza que não quer ir a um hospital? - ele continua.
- Tenho.
- Mas, Steve...você tá machucado.
- Isso são hematomas, não dói - minto, já que meu corpo está tão dolorido que eu poderia desmaiar agora mesmo.
- Você deveria parar de ser teimoso, e deixar eu cuidar disso pra você.
- Você não precisa fazer isso.
- Isso o que?
- Cuidar de mim - dou de ombros. - Eu te liguei porque precisava da sua companhia, mas você não precisa se preocupar.
- Caralho, Steve - ele solta uma risada irônica. - Eu cheguei na sua casa, e você estava chorando e sangrando. Seu rosto tá tão machucado quanto o seu psicológico, e eu não preciso me preocupar com você?
- Não, você não precisa, Tony - o encaro. - Isso não tem nada a ver com você.
- Isso tem a ver comigo, sim. Steve, você levou uma surra do teu pai por minha causa.
- Isso não é verdade.
- Não é?! Fala sério, então por que foi? Porque você não lavou a louça antes de sair de casa? Por Deus, você se machucou por estar namorando um garoto e me desculpa por isso, ok?! - ele diz tudo muito rápido.
No fundo, eu sei que Tony está certo. Tudo isso aconteceu por eu estar namorando um garoto. Por eu estar namorando Tony. Mas antes de dizer o quanto eu o amava, eu pensei sobre as consequências. E eu sabia que haveriam dias ruins, como hoje. Eu apenas decidi que tudo isso valeria a pena. Tony vale a pena pra caralho.
- Você não tem culpa do meu "pai" - faço aspas com as mãos. - Ser um tremendo babaca, entendeu?! Me desculpa por você ter que se sentir mal por minha causa - eu senti meus olhos arderem.
- O que quer dizer?
- Eu tenho pensado sobre isso, Tiny. Desde aquele dia na casa da Nat, eu percebi que sempre tenho que te meter em alguma enrascada. Festa da Shuri, Verdade ou Desafio, meu pai...- dou uma pausa, e tento fazer com que as lágrimas que imploravam para escapar dos meus olhos secassem, mas foi em vão. - As vezes sinto que não sou um garoto, eu sou um problema.
- Você tá certo, Steve - ele se senta de frente para mim. - Você é um problema, mas é um problema que eu amo solucionar. É um problema que vale a pena. Você vale a pena.
- Você também vale a pena, Tony, é por isso que nada disso é sua culpa.
- Mas também não é sua.
Eu sentia as lágrimas rolarem pelo meu rosto, e isso já não era mais algo que eu conseguia controlar. Todos esses sentimentos misturados faziam uma guerra na minha cabeça. Meu corpo parecia que ia desfalecer a qualquer minuto, e na minha garganta havia um nó formado. Um nó que me impedia de dizer qualquer coisa.
Encarei Tony por alguns segundos, e avancei seus lábios, surpreendendo-o. Ele demorou um pouco, mas retribuiu o beijo.
Eu não tenho ideia de como controlar minhas emoções agora.
Separei nossos lábios, e o olhei, enquanto nossos rostos estavam próximos demais um do outro.
- Me desculpa, Tony.
Falei, choroso e Tony me puxou para um abraço. Um abraço do qual eu necessitava desde quando o vi chegar na minha casa.
Ele acariciava minhas costas, enquanto sussurrava:
- Tá tudo bem. Você vai ficar bem, nós vamos ficar bem.
- Eu não quero voltar para a minha casa, não com ele lá - falei, baixinho.
- Eu não vou deixar você voltar pra lá, Steve. Vai ficar comigo, até sua mãe voltar, está decidido - ele diz, e eu apenas concordo com a cabeça.
- Eu te amo, Tiny - sussurro, com uma voz trêmula.
- Eu te amo demais, Steven. Eu vou cuidar de você - ele da um beijo no topo da minha cabeça.
Ai eu o chorosa
N encosta em mim
Qm aí ja foi ver minha nova adaptação ziam?
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𝐖𝐢𝐧𝐭𝐞𝐫 𝐅𝐢𝐫𝐞 | 𝐒𝐭𝐨𝐧𝐲 𝐕𝐞𝐫𝐬𝐢𝐨𝐧
Fanfictioninspirada na música Sweater Weather by The neighbourhood, Steve e Tony vivem uma paixão no inverno.