𝐖𝐢𝐧𝐭𝐞𝐫 𝐅𝐢𝐫𝐞 | 𝐒𝐭𝐨𝐧𝐲 𝐕𝐞𝐫𝐬𝐢𝐨𝐧

6

Oie como ces tão?
Ai gnt acho q fui mt ruim no enem pqp

Quando cheguei à esquina da cafeteria, Tony já estava lá.

Agradeci mentalmente por ele realmente ter ido, e o cumprimentei com um abraço. Nós não dissemos muita coisa, eu o ajudei a subir na bicicleta, e comecei a pedalar. O silêncio que pairava entre nós não era desconfortável, era até bom.

Eu podia sentir o rosto de Tony contra as minhas costas, e suas mãos ao redor da minha cintura. Nada pode ser melhor do que isso.

E depois de algum tempo pedalando, nós chegamos no lugar onde eu queria trazê-lo. É um lugar bem longe da cidade, na verdade. Tivemos que atravessar uma pequena "floresta" coberta por neve, até chegarmos aqui. É um lugar simples, mas que tem uma beleza extraordinária (assim como alguém que eu conheço). Já tivemos algumas semanas de inverno, mas essa cachoeira, em específico, ainda não congelou.

— É aqui? — ele diz, descendo da bicicleta, e eu faço o mesmo.

— Aham, legal, né?! — o encaro, sorrindo.

— Demais — Tony sorri de volta. — Mas por que me trouxe aqui?

— Porque aqui é o meu segundo lugar favorito.

Ele concorda, e eu me sento no chão, perto da cachoeira. Bato a mão no chão, fazendo sinal para Jack sentar ao meu lado, e assim ele faz.

— Eu vi você com a Pepper hoje na cafeteria — ele fala, olhando fixamente para a cachoeira.

— Ela vai me ajudar com o plano.

— Plano?

— Eu disse que vou te fazer um convite especial para o Baile de Neve, não disse? — o olho, de canto.

— Disse, achei que estava brincando.

— Mas não é brincadeira, Anthony, eu quero mesmo ir ao Baile de Neve com você — sorrio.

— Me chamou de Anthony, a coisa é mesmo seria — ela da uma risada de leve — Por que comigo?

— Porque Natasha disse que eu preciso levar alguém que eu ame, ué.

Ele não disse nada, mas eu o vi sorrindo o que me fez sorrir ainda mais também.

— Você não entendeu direito, Steven — ele diz, agora olhando para mim.

— Claro que entendi.

— Não, Natasha quis dizer alguém que você ame daquele outro jeito.

— Qual outro jeito? — me faço de desentendido.

— O jeito que os casais se amam Steve.

— Mas e se eu te dissesse que te amo desse jeito, o que você falaria? — falo, sério.

— Você é doido — Tony solta uma risadinha nasalada, e eu apenas dou de ombros.

Mais uma vez, nós ficamos em silêncio. Tudo o que dava para escutar era o barulho alto da cachoeira à nossa frente. Hora ou outra, podíamos fechar os olhos e sentir a brisa bater contra os nossos rostos.

— Stee?

— O que?

— Preciso fazer uma pergunta séria, pode tentar não debochar? — ele me encara, e eu assinto. — Você se arrependeu de ter me beijado na festa da Pepper?

O olho, e deixo um sorriso escapar nos meus lábios. Respiro fundo, e me sento um pouco mais perto dele, que me encarava confuso.

— Nenhum pouco, Tiny — asseguro. — E você? Se arrependeu de ter retribuído?

— E-eu...eu...— balbucia. — Eu só me arrependo quando lembro que somos melhores amigos.

Balanço a cabeça negativamente, e dou uma risada irônica.

— Por Deus, Tony — reviro os olhos.

— O que?

Ok. Agora era a hora. Se eu tiver que contar para o Tony que sou apaixonado por ele, tem que ser agora. Vim o caminho inteiro tentando pensar em uma forma de dizer isso, mas nada parecia ser bom o bastante. Agora vou ter que improvisar, e espero que isso não o assuste.

— Eu não quero ser seu amigo, eu quero beijar seu pescoço — falo rapidamente. Meu coração se acelera em cada letra pronunciada.

— Steve...—

— Se você quiser me dizer que não sente o mesmo, fique à vontade, mas eu vejo o jeito que você cora quando eu falo alguma coisa especial. Eu sinto o jeito que você me abraça quando estamos na minha bicicleta, e eu vejo como você sente ciúmes da Pepper. Você pode dizer que não sente o mesmo, mas eu sei, Tony — dou uma pausa. — Eu sei que você, assim como eu sou por você, é perdidamente apaixonado por mim.

Eu não faço a mínima ideia de onde tirei coragem de dizer tudo isso sem gaguejar. Mas por um segundo fiquei orgulhoso de mim mesmo.

Já Tony, por sua vez, me encarava com os olhos arregalados. Sua boca se abria várias vezes tentando dizer algo, mas ele ainda permanecia em silêncio. Eu não sabia o que ele queria dizer, mas eu sei o que eu quero fazer.

Revirei meus olhos, e coloquei meu braço ao redor da cintura de Tony, o trazendo para mais perto de mim. Eu senti sua respiração ofegante batendo contra o meu rosto, então sorri e sem procrastinar, juntei nossos lábios.

Pela segunda vez, estava beijando Tony.

Fechei os olhos ao sentir suas mãos repousarem sobre os meus braços. E o que tinha começado um pouco assustado, agora retribuía o beijo na mesma intensidade.

E por falta de ar, separei nossos lábios e encostei nossos rostos. E enquanto acariciava as bochechas de Tony com os dedos, esperava ele dizer alguma coisa.

— Você está certo, Steve.

— Sobre o que? — sorrio de lado.

— Eu estou perdidamente apaixonado por você — seu rosto desliza suavemente pela minha bochecha, até parar no meu ombro.

— Achei que nunca fosse admitir — o abraço de lado, e deito minha cabeça sobre a sua.

— Não sabia se era recíproco.

— Pois agora sabe que sim.

— Agora eu sei — ele sorri. — Você disse que esse é o seu segundo lugar favorito, então...qual primeiro?

— Não sei.

— Como não sabe?

— Qualquer lugar que você esteja vai se tornar, automaticamente, o meu favorito — respondo.

— Céus, que patético.

— Mas você gostou.

— Pra caralho.

— Ótimo.

STEVE APAIXONADO É A MINHA NOVA RELIGIÃO SIM
mt fofos meus bbs e obrigada pra quem ta acompanhando até agora
Bezuss