Cap. 9 - Memorial Justificativo

31 6 13
                                    

   Entramos no meu quarto, tranquei a porta e desliguei a luz geral. Apenas a luz âmbar indireta das sancas do forro iluminavam nossos corpos. Eu não sabia bem o que estava fazendo ali e por um instante pensei no Matheus sentado no sofá da sala, conversando com uma menina aleatória...

   Mas nessa altura, Augusto ja estava sem camiseta, deitado na cama e André encostou seu corpo em minhas costas, segurou minhas mãos e sentiu o meu estremecer do meu corpo. Com um sussurro, me deu as instruções.

   - Sssshhhhhh... Calma, Thiago. Respira fundo e pensa só na gente. Só no que está acontecendo aqui, agora.

   Eu senti sua respiração percorrer todo meu pescoço e fechei meus olhos tentando me concentrar nela. Ele puxou minha camiseta e eu tentei impedir, a insegurança de me despir na frente deles ainda existia, mesmo o Augusto ja conhecendo as curvas do meu corpo, depois de ter me dado banho na casa dos meus pais e o André, de me ver usando sunga nas aulas de natação.

   Depois de uma respiração profunda e de olhos fechados, meu corpo não exitou mais. Em questão de segundos tiramos todas as peças de roupas brancas uns dos outros. Me deitei no centro da cama e aproveitei o deslisar de mãos apertando meu corpo nu. Senti o Augusto me beijar na boca, enquanto o André beijava meu pescoço e se preparava para descer, até a parte de baixo. Minha mão percorreu sem atritos por cada centímetro de pele lisa, quente e macia do Augusto. André fez o mesmo comigo.

   Os dois sabiam exatamente como interagir como meu corpo, cada um foi direto na parte que queria. Tentei não pensar em nada, antes que a minha ansiedade me fizesse sair correndo daquele quarto.

   Testamos cada combinação possível e exploramos posições que eu nunca tinha experimentado estando a sós com o Matheus. Na verdade, eu não tinha transado com ninguém além dele, até aquele momento, então a comparação era inevitável. E superar as minhas relações anteriores também não foi algo difícil.

   Aproveitamos o som alto que vinha da sala para abafar todos os gemidos fortes. A sensação de ter todas as forças do corpo se esvaindo e sentir cada músculo se contorcer... Dava pra sentir o sangue pulsar, percorrendo pelas minhas veias. Continuamos por horas ali, até que todos os três estivessem completamente esgotados.

   Acordei deitado sobre o peito do Augusto e com o André agarrado junto a minha cintura, atrás de mim. Tentei me levantar sem que os acordasse. Tomei uma longa ducha com água gelada, escolhi um shorts de moleton, foi quando alguém começou a bater em minha porta.

   - Thiago, abre essa porta meu amor...

   Eu não queria acreditar que isso estava acontecendo comigo, mas obviamente eu reconhecia a voz bêbada do Matheus e corri para abrir a porta antes que ele acordasse os outros dois dormindo na minha cama.

   - Meu, você tá ficando louco? O que você quer comigo?

   - Thiago eu quero você, eu não sei viver sem você... Por favor...

   E foi nesse momento que o Matheus viu o André e o Augusto deitados na minha cama. Ele levou mais do que o tempo necessário para uma pessoa sóbria reagir a uma cena daquela, mas inevitavelmente ele foi do "meu amor" para os insultos de baixo calão.

   - Você dormiu com o meu ex namorado e o meu melhor amigo?

   O desprezo na cara dele estava além da minha compreensão. Sua respiração começou a ficar forte e marcada e eu percebi sua pele ganhar um corado acima do saudável.

PROGRAMA DE NECESSIDADES (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora