Na manhã seguinte já estou na cidade, hora de procurar por um lugar para me hospedar. Percebo que há poucas pessoas no local, é pequeno e pacato, "pelo menos é o que aparenta ser".
Bom, chegou à hora de me socializar aqui nesta cidade, vou procurar por algum cidadão que possa me dar algumas informações importantes como, onde fica a pousada mais próxima e o endereço que o Sr. Aaron Bailey me falou ao telefone.
Então me aproximo de um cidadão que estava andando pela rua bem próxima a mim, e chamo a sua atenção:
_ Ei amigo, amigo, pode me dar uma informação?
Ele, com um olhar frio e temeroso apenas responde:
_ Desculpa, não posso conversar com você!
_ Não agora! Ele sai andando com pressa se afastando de mim.
Não sei o que há por aqui, mais confesso que isso me deixou bastante intricado e curioso. Será que todos aqui são assim? O que aquele cara está devendo? Ai tem...
Neste momento sou abordado por dois policiais. Pergunto a eles onde posso me hospedar e ao mesmo tempo onde fica o endereço do senhor Aaron Bailey. Após responder as minhas perguntas eles me "convidam" a comparecer a delegacia de policia assim que eu estiver devidamente instalado e acomodado.
Chego a Pousada Hungry Boot, devo confessar que não é nada aconchegante. Na portaria, me dirijo a um jovem funcionário que está no balcão da recepção, me identifico e digo a ele que passarei alguns dias e não tenho uma data prevista para sair da cidade.
_ Primeira vez na cidade? Pergunta-me o funcionário me olhando com o olhar por cima dos óculos.
_ Sim, estou a trabalho.
_ A trabalho? Bem não há muitos empregos por aqui em Rivercliff ultimamente. È algo específico?
_ Pode se dizer que sim. Fui contratado pelo Sr. Aaron Bailey, você conhece? Pergunto sem dar muito moral ao recepcionista.
_ Sim, o Sr. Bailey é muito conhecido na cidade. Ele é o proprietário da casa noturna local. No momento encontra-se fechada. O recepcionista da às costas para mim a procura da chave do quarto que está no painel atrás dele.
_ Sabe me dizer o porquê do clube ter sido fechado? Pergunto a ele com um ar um pouco mais amistoso.
_ Não sei ao certo, fala-se muito sobre muitas coisas. Ele pega a chave no painel e prepara-se para me entregar.
_ Tudo bem, não vou lhe importunar com perguntas. Pego a chave e nela contém o número do quarto, assino o formulário que está em cima do balcão.
_ Pra que lado fica o meu quarto?
_ É o segundo a direita depois das escadarias. Quarto número 12. Responde-me sem ao menos olhar para mim. Bom, é o seu trabalho.
Ao me dirigir as escadas o funcionário volta a chamar minha atenção:
_ Senhor. Diz o jovem com um tom de extrema ansiedade.
_ Sim, pode falar. Esqueci algo? A curiosidade toma conta de mim neste estante.
_ Talvez o senhor queira saber mais sobre o que aconteceu no clube noturno. Se este for o caso, tente procurar por Emily Davis. Ela era uma das funcionárias que trabalhou na última noite em que a casa esteve aberta.
Ele me olha nos olhos com muito temor e diz:
_ Procure Emily Davis, procure-a.
_ Tudo bem, eu lhe agradeço meu jovem.
Após subir as escadarias da pousada chego ao quarto de número 12, não é lá grande coisa mais já estive em lugares piores. Pelo menos para dormir está bom.
Sento a beira da cama e começo a pensar naquilo em que o recepcionista me falou lá embaixo.
Quem será esta moça? Será que é uma peça importante para esse mistério? O recepcionista parecia saber muito bem o que estava falando. Não posso deixar de considerar as informações obtidas na recepção da pousada.
De repente, como demorei um pouco atender o chamado do delegado local, sou premiado com a visita dos mesmos policiais que me abordaram na rua. Agora eles estão muito irritados e munidos de bastante arrogância. Um deles adentra ao quarto e fala:
_ O delegado William Newman está lhe aguardando. Levantou a voz o policial.
_ Sim, está tudo bem. Eu irei, não esqueci do "convite" que recebi. Respondo a ele com certa calma.
Chegando a delegacia sou encaminhado à sala do delegado Newman. Os policiais abrem à porta e pedem para que eu entre.
_ Nos deixem a sós. Ordena o delegado com uma voz rouca como se tivesse algum problema em suas cordas vocais.
Os policias saem da sala e fecham à porta, o delegado então, levanta-se de sua mesa e estende a mão para me cumprimentar.
_ Sente-se senhor Watts vamos conversar um pouco. Diz o delegado tentando me deixar mais a vontade.
_ Sobre o que o senhor quer conversar delegado?
O delegado acende um cigarro e pergunta:
_ Cigarro senhor Watts?
_ Não, estou bem delegado.
_ Vou ser direto. Intriga-me muito esta sua visita repentina bem após ter acontecido fatos bastante estranhos. Diga-me senhor Watts, o que faz em nossa pequena cidade? Agora o "gentil" delegado está tentando me intimidar.
_ Bem, fui contratado pelo senhor Bailey para fazer um trabalho.
_ Que tipo de trabalho o senhor Bailey tem ao ponto de trazer um estranho para a nossa pequena e pacata cidade? Que serviço é este? Podemos saber?
_ Sou um investigador, meu trabalho é resolver casos difíceis e complicados que talvez a polícia não possa solucionar. Respondo ao delegado com certa firmeza.
_ Não acho que haja algo em nossa cidade que a polícia local não possa solucionar senhor Watts.
_ Bem, isso só o tempo dirá delegado. Até onde eu sei não estou fazendo nada de ilegal. É só um trabalho.
_ Verdade, não posso lhe proibir de exercer suas funções aqui em Rivercliff, mais quero que saiba que apartir de agora suas ações serão vigiadas. Estaremos de olho em seus paços.
_ Tudo bem, estarei ciente disto. Respondo-o já querendo encerrar nossa conversa.
_ Isso é bom, gosto de saber de tudo que se passa em minha cidade senhor Watts. Espero não ter problemas nos dias em que o senhor estiver conosco.
_ Não se preocupe delegado Newman. Não trarei problemas, pelo contrário, trarei somente soluções. Dito isto saio da sala do delegado e me direciono a saída da delegacia.
Putz, a polícia no meu pé, é tudo que eu não queria nesse momento. Preciso encontrar o senhor Bailey urgentemente. Tenho que coletar mais informações sobre este caso. Mais antes mantenho a calma e novamente volto a me concentrar na informação que o recepcionista me deu, é hora de procurar por Emily Davis. Retorno à pousada e começo a procurar em uma lista telefônica pelo endereço da mulher citada pelo jovem recepcionista. Notícia boa, seu nome e endereço estão na lista telefônica da cidade. Este será então, o meu próximo passo.
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INVESTIGAÇÃO SOBRENATURAL
HororO detetive Oscar Watts é contratado para investigar um clube noturno onde houve um crime em uma pequena cidade. Seria apenas mais um trabalho de tantos outros já feito pelo detetive senão fosse pelo fato de tal serviço ser rodeado de mistérios, pist...