Acordei sobressaltada. Não me lembro bem porquê, devia ter tido um pesadelo. Levantei-me, peguei no telemóvel e vi as horas. Eram 3:44h da manhã. Foi até á cozinha para beber um copo de água, enquanto pensava. Voltei para o quarto, deitei-me sem sono nenhum. Cada movimento, por muito pequeno que fosse, fazia-me sentir uma dor enorme. Cortes. Mas, acabei por adormecer.
*Triiim! Triiiim!* *Toque do alarme!"*
Levantei-me, fiz a cama, com um pouco de dificuldade, mas consegui fazê-la. Vesti-me toda de preto e para ser sincera não me importei, porque já estava habituada. Fui lavar os dentes e saí de casa. Entrei no carro. A minha mãe arrancou.
Mãe: Tomas-te o pequeno-almoço querida?
Emy: Sim, claro. - Na verdade não. É raro tomar. Enjoa-me.
Cheguei á escola. E a tortura ia começar. Despedi-me da minha mãe e entrei na escola. Não me lembrava em que sala tinha aulas, e ia pegar no meu horário, que estava o bolso mais pequeno da minha mochila, quando de repente ouço aquela voz, já meia conhecida, atrás de mim.
xxx: Olá vizinha!
Nem foi necessário lhe ver a cara para saber quem era.
Emy: Olá Mike. - Disse virando-me para ele.
Mike: Então tiveste saudades minhas?
Tinha acabado de ver a sala onde tinha aulas e comecei a caminhar para lá, enquanto que ele me seguia.
Mike: Não respondes?
Emy: Porque razão é que eu haveria de ter saudades tuas? - Disse com a voz um pouco fria.
*Silêncio* Só se ouvia os gritos daqueles monstrinhos, que ainda vivem naquele conto de fadas, onde tudo é perfeito. Ele quebrou o silêncio.
Mike: Não precisas de falar assim! - Comecei a andar mais rápido. - Ouviste??
Amarrou-me no braço e continuou.
Mike: Desculpa, não queria que ficasses chateada comigo. És a única pessoa que eu tenho como amiga aqui. Não te chateies! Por favor! - Sorri.
Emy: Não tens de pedir desculpa, eu é que tenho este hábito de falar com as pessoas assim. Desculpa eu!
Mike: Então tamos na boa?
Emy: Sim, estamos "na boa".
Caminhamos até á sala e entramos juntos.
O dia correu normal. Na hora do almoço, almoçamos juntos, num café chamado "Little Stars.", lá perto da escola. No final das aulas, eu e o Mike, saímos juntos da escola e quando chegamos da escola vemos as nossas mães, todas sorridentes uma para a outra. Ficamos espantados, mas fomos ter com elas.
Mãe: Então filha, já estou a ver que conheces o filho da nossa vizinha, é nosso vizinho também.
Emy: Eu sei mãe, somos da mesma turma!
Mãe: Vê, afinal tínhamos razão sempre são da mesma turma. - Disse falando para a mãe do Mike. Continuou. - Bem filha, esta é a Dona Anne, a mãe do teu coleguinha Mike.
Anne: Trata-me só por Anne, por favor! - Disse isto, enquanto me dava dois beijinhos.
Emy: Prazer em conhecê-la Anne.
Anne: Mas trata-me por 'tu', também.
Emy: Por mim otimo. - Disse.
Mãe: Mike, tu trata-me também por 'tu', ouviste?
Mike: Eu vou tentar 'tra-tar-te' por 'tu', mas ainda nem sei o seu nome...
Ouve uma gargalhada geral.
Mãe: Chamo-me Rose Carter.
A conversa ainda demorou alguns minutos, até nos despedirmos.
Fui para casa, jantei, e fui-me deitar. Estava realmente feliz, não sei bem porquê, mas estava. Adormeci.
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Emmily's life
Teen FictionEmmily é uma adolescente que não gosta do seu corpo, não gosta de nada em si. No seu quarto ela guarda as 'suas melhores amigas', as láminas. O seu pai e a sua mãe estão separados, mas ela vive com a sua mãe. E como ela diria: "Anda conhecer a merd...