✧· zero.

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NOS CONFINS DO UNIVERSO, entre estrelas e sendo emendado nos tecidos do cosmos enquanto em seu núcleo ardente perambula pelo além procurando sentido na sua existência, Igno, como alguns o chamavam; ainda era jovem

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NOS CONFINS DO UNIVERSO, entre estrelas e sendo emendado nos tecidos do cosmos enquanto em seu núcleo ardente perambula pelo além procurando sentido na sua existência, Igno, como alguns o chamavam; ainda era jovem. Não tinha forma, não tinha objetivo, apenas a cada movimento que fazia pelo cosmos tinha conhecimento de tudo.

Entidades, seres tão complexos e poderosos, centros de poder que tomam forma ou não. São criados de várias maneiras muito ambíguas, desde o choque de duas estrelas no seu pico ou de um simples vácuo. Mas aquela entidade, seu nascimento era um mistério. Sua forma sem forma alguma perambulava, era apenas massa de energia em forma do que aqui chamamos de fogo, mas o que seria lá?
É algo tão misterioso e cheio de complexidade, como ele sentia tudo e ao mesmo tempo nada.

Não pense que estou falando de outra entidade popular, Igno mesmo parecendo ter semelhanças com a Fênix, não era nada semelhante.

Se aproximando dos confins de um sistema solar, Igno sabia quê ali habitava vida, uma espécie que ele ainda não havia conhecido:humanos.
Enquanto se aproximava, não muito, teve conhecimento, e o fascínio foi aquilo que lhe preencheu. Uma coisa que ele nunca havia visto, ele viu nos humanos. Ele queria ter aquela experiência, mas daria sua própria forma e se arriscaria na de outro? Humanos mesmo sendo fascinantes eram frágeis, poderia definhar um em milissegundos.

Foi então quê, viu que na terra, haviam evoluções, na humanidade, haviam mutantes.
Um gene mais evoluído que fazia essa nova espécie dividir a terra com os humanos.

Igno encontrou o ser perfeito, com habilidades que iriam aguentar sua junção, e ele sabia que tudo iria mudar ao se embrenhar em cada célula, tecido, órgão e alma daquele ser.

﹙ .  ✦  . ﹚

     SUAS PERNAS COMEÇAVAM A arder de uma maneira suave, enquanto a morena corria em um ritmo acelerado, escutando as sirenes atrás de sí, já distantes. Ela não ousava olhar para trás, apenas corria, não sabia nem o porquê de estar correndo. Ela não era a culpada, mas eles achavam que sim... E ela também.

Clark apenas corria, sentindo as lágrimas rolando em seu rosto e o asfalto frio entrando em contato com seus pés descalços.

Ela ainda estava de pijama, com uma regata e uma calça de moletom, todas chamuscadas porém não tão afetadas. Seus cabelos agora encharcados pela chuva que caía depois da tempestade da noite. Ela não sabia para onde ir, não sabia o que fazer, apenas corria até sentir seus pulmões queimando.
  Não escutava mais as sirenes da polícia e nem dos bombeiros, e foi então quando finalmente ela parou de correr, ofegante, não estava mais no meio da rua, havia entrado em um beco, e então se encostado na parede do local. Suas costas deslizaram pela estrutura e ela se sentou no chão, recuperando o ar.

Ela estava assustada, perdida, desolada e outras coisas no qual não conseguia descrever no momento. Ainda estava em choque e parecia que a ficha não havia caído.
Estava tão alheia, quê quando sentiu uma presença nova se aproximando, levou tamanho susto, enquanto olhava para cima, vendo um guarda-chuva acima de sí e alguém de pé, a encarando.

—Sabe, acho que se ficar aí pode pegar uma hipotermia, Srta. Johnson. —o homem disse em um tom calmo e amigável —Prazer, Charles Xavier.

﹙ .  ✦  . ﹚

Sua pele estava pálida, enquanto sua boca continuava sem cor, e seus olhos estavam escuros. Ela não parecia bem.
  Clark arrumou e apertou mais o casaco contra seu corpo, Charles havia colocado-lhe sobre os ombros, enquanto suas mãos ainda estavam trêmulas e ela fitava o chão; sem reação alguma perante o que estava acontecendo. Seu corpo estava parado mas sua mente estava um caos, e Charles notou aquilo, o que fez o mesmo torcer seus lábios levemente.
Após muitas perguntas da garota, bastou um diálogo e a voz do professor na ecoando em seu cérebro. Ele então a levou para uma lanchonete vinte e quatro horas apenas para se protegerem da chuva momentaneamente.

—Clark?—xavier se manifestou, procurando uma reação.

—Hum?—foi apenas um murmúrio que deu a deixa para Charles falar.

—Eu sei que no momento, isso pode parecer...Difícil. Mas vai ficar tudo bem, acredite em mim.

—Tudo bem?—ela levantou o olhar, encarando o homem enquanto seu tom de voz era sarcástico —Eu botei fogo na minha casa.

Seu semblante não era raivoso, era doloroso. Ela falou aquilo com a voz carregada, mas Charles sentia toda a dor por trás disso. Não era a casa; era quem estava nela.
Enquanto isso, o professor desviou o olhar por um momento olhando para o chão, em uma das raras vezes quê ficava sem fala, porém voltou a olhar para a jovem e perdida garota em sua frente, que carregava tanta dor e descrença perante a situação.

—Tudo irá ficar bem. Nós podemos te ajudar, é só você permitir. A escolha é sua, Clark. Isso dói, mas no final tudo ficará bem, eu prometo.

Foi naquele dia, naquela madrugada chuvosa e pesada, que tudo se iniciou, e que ela surgiu.

    

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⏰ Última atualização: Dec 21, 2019 ⏰

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