Ela acordou e olhou o celular, haviam três mensagens novas, com os olhos apertados ela verificou:
Lilydin.: "amiga to loka kkk"
Trabalho.: "precisamos de você aqui se puder!"
Emanuel.: "eai mb"
A última mensagem fez ela paralisar. Jogou o celular na cama e pegou um cigarro, acendeu e foi ao banheiro. Sentou á beira da hidro e refletiu. Na noite passada havia passado seu número ao moreno, mas ela não quis flertar, ele bem que tentou só que, ela mudava o assunto e era bem esquiva. Claro que apos alguns copos de vodka ela acabou por ceder, uns beijos rolaram, afinal já estava segurando vela a muito tempo, mas não passou disso e ele foi embora.
Estranho que seu ex amor tenha mandado mensagem justo na manhã seguinte ao primeiro beijo depois da separação, até porque ele já a tinha bloqueado, isso a deixou em choque.
Ligou a torneira para encher a banheira, foi á cozinha e colocou água para ferver, escovou os dentes, ainda pensando na mensagem, terminou e a banheira ainda não tinha enchido, foi olhar a água e preparou o café, tinha um cafeteira mas gostava do jeito tradicional. Pegou sua xícara favorita e encheu, nesse tempo a hidro já estava transbordando. Tentou ignorar aquela mensagem com um banho e um café. Com uma música suave ao fundo ela acendeu um baseado que já estava separado para aquele momento, e refletiu, chapada pra tentar não desesperar.
Ele sempre aparecia em sua mente, de uma maneira inusitada, ele sempre estava lá, e não importava o quanto tentasse, sabia que jamais o esqueceria e era cada vez mais difícil seguir em frente. E mesmo que ela quisesse muito, muito mesmo, tentou não ir buscar o celular, deu mais um trago no baseado, ela apenas pensou nele, com a mão livre ela se acariciou e pensou como ele a penetrava enquanto se preenchia com os dedos, começou com o movimento sem pensar, mas pensando na maneira que ela a beijava por seu corpo todo, ele a possuía por completo para fazê-la gozar, a firmeza com que ele pegava em sua cintura, o jeito como a olhava, como ele a enchia, os beijos que faziam seu corpo arrepiar, o carinho forte que a penetrava....... e foi ao céu, revirou os olhos, sem perder o movimento e, "squach".
Após se recompor, lembrou que precisava comer, havia uma lanchonete próxima que fazia um misto quente ótimo na opinião dela, e de ressaca ninguém cozinha.
Vestiu uma camisa do Gun's n Roses e uma calça jeans rasgada, calçou seu tênis e deixou o cabelo molhado solto mesmo, pegou seu celular sem ao menos olhar e foi. Imaginando como seria a conversa com Emanuel, sentada no balcão pediu uma coca enquanto esperava o misto, e respondeu.
Ela.: "eai"
Ele.: "sinto sua falta"
Ela.: "..."
Ele.: "posso ir ai te ver?"
Ela.: "claro, também sinto falta"
Ele.: "minha?"
Ela.: "ah, claro que não, vem logo"
Em meia hora ele chegou, e eles se abraçaram como não faziam à muito tempo, e não quiseram se soltar, os beijos no sofá eram de saudade, que os estava matando mas que agora eles é que a matavam, não houve conversa e havia pelo menos 1% de chance de uma lágrima escorrer dos olhos deles. Solitária lágrima que jazia há muito tempo esperando por este encontro, aquele beijo, para rolar para fora e visse aquele amor se encontrar. E eles se perguntavam apenas porque demoraram tanto para finalmente se ver.
Mas ela acordou se perguntando o mesmo, a cabeça doía, e aquilo tudo não passou apenas de um sonho que agora parecia impossível de acontecer e ela não entendia mesmo o porque. Aquela lágrima solitária chamou outras, por perceber que nem havia saído da cama, que aquele amor continuaria perdido, estava sozinha novamente, chorou como em outras noites, nada poderia impedi-la agora e tudo o que queria era coragem.
Ela encontrou uma lâmina, mas não encontrou a coragem, deixou que as lágrimas rolassem. Nada mais fazia sentido, ela olhou em seu celular e viu as duas primeiras mensagens mas a de Emanuel faltava, era apenas o fruto de um shot de saudade com vodka, tudo foi um sonho, talvez impossível, mas considerável, pelo menos por ela. Seria fácil dizer as palavras "estou com saudade" mas difícil seria obter alguma resposta.
"tudo é um enigma"
"sim, mas como desvendo?"
"a resposta está dentro de você, é só procurar"
"eu só vejo o escuro"
"olha um pouco mais no fundo"
"e se eu me perder?"
"use a sua fé. em algo você acredita, não?"
"sim, creio que sim"
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Pensamentos Compulsivos
PoetryIlusões, sentimentos, agonia, tesão, relatos da vida de uma garota solitária, triste e apaixonada.. talvez pela vida, mas com certeza não. As coisas sem nexo que nossas mentes criam nos fazem delirar, é como se transmitisse um pensamento irreal para...