À primeira vista

Capítulo 1

Lembro de ser domingo naquela tarde, também tem nem como esquecer, bom me chamo Eduarda hoje estou com 25 anos e muito feliz, gente, sim faz um anos que conheci meu amado o Rodrigo, vocês não tem noção que temos um ano e pouco de casados, e a pedido de alguns amigos e familiares resolvi contar a nossa história.

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Domingos 17:05 hrs Dezembro 2015

— Ok amiga já estou indo, estou esperando Carllos dormir e corro para aí — falei no telefone sussurrando.

— Beijo amiga, temos muito ao que conversar viu.

Desliguei o telefone e tomei um banho rápido, coloquei um shorts a medida da coxa e uma blusa simples na cor branca, e uma rasteira da cor bege, ao terminar notifico-me se Carllos ainda dorme e saio de casa.
Duas ou três casas depois vejo ele, moreno alto e mano que homem, pude perceber que assim como eu, ele também não retirou os olhos sobre minha pessoa me fazendo ruborizar que nem tomate, paro por um segundo e fico o olhando, seus cabelos são brilhosos e seus olhos  castanho, seu sorriso largo fez meu coração balançar, mas ao perceber está sendo vigiada pelo amigo de Carllos fujo.

— Oi..— escuto o garoto da casa gritando mas já é tarde demais naquele momento.

Como se nada estivesse acontecido corro até a casa de Mag que me abraça ao me ver, e ver minha cara de preocupação, sinto que estou pálida.

— Amiga que houve ?

— Sai sem autorização de meu esposo, e o pior que encontrei Gustavo, e tive que sair correndo.

— Termina esse relacionamento, isso é abusivo e amiga sério Carllos não é pra você, você merece alguém melhor.

— Tudo bem, sei que você tem razão — falei ao revirar os olhos — mas amiga sério, deixa eu te falar uma coisa, e mano juro que meu coração acelerou de uma forma que só por Deus. Não tive coragem de responder o "oi" dele.

— Investe faz amizade sei lá.

Ficamos conversando sobre o desconhecido na rua, e várias outras coisas, fiquei a tarde toda lembrando daqueles cabelos compridos, e olhos exóticos, não tão diferente de Carllos que têm o mesmo estilo mas a barba é longa, e se ele saber disso me preparo para perder as peles e passar as maquiagens.

Ouço meu celular tocar e vejo que é Carllos, e tem umas 20 mensagens dele, e 35 ligações perdida, hoje estou totalmente morta.

— Alô ? — atendi com a voz trêmula — To aqui na Mag.

— Mag agora virou homem ? Espero que quando eu chegue aí você esteja, porque se estiver mentindo para mim você já sabe né.

— Sim eu sei, eu não faria nada disso.

O mesmo homem chega em questão de segundos e arrebentou a porta de Mag aos chutes, já vindo para cima de mim me chutou e jogou- me no chão enquanto eu gritava pedindo por socorro, mesmo sabendo que ninguém poderia se intrometer se não seria pior.

— Já falei pra você não menti para mim, próxima vez vai ser pior, anda fala quem é o cara que você se ofereceu ?

— Não me ofereci pra ninguém — falei com a voz trêmula e me segurando — eu juro.

Carllos segurou pelos braços e me jogou na moto onde bati minha barriga sentindo muita dor, mas não falei nada por medo.
Preferi chegar em casa e terminar a briga e marcar uma consulta para o dia seguinte.
Pego meu celular e mando mensagem para Mag:

"Amanhã vamos pro médico, não quero ir sozinha, e pela amor não deixe Carllos saber será que é possível?"

Sinto o celular vibrar sendo a mensagem de Mag, a mesma confirmando a ida, entro no banheiro e ligo o chuveiro a água morna faz meu corpo dolorir por conta dos cortes e marcas, deixo minhas lágrimas escorrerem de junto a água que escorre sobre meu rosto.

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— Amiga tô atrasada a uns três meses ? Carllos vai me matar — falei desesperada e muito rápido para que o homem não escutasse.

— Calma, vamos aproveitar que está indo para o hospital e faremos um novo teste ok ?

— Tudo bem.

Jogo o celular na cama e continuo a me arrumar, dessa vez coloquei uma calça justa com um buraco médio no joelho, e uma blusa ombro a ombro, fiz chapinha no cabelo e uma maquiagem básica para esconder as marcas e na boca exagerei no vermelho pois a boca ainda sangrava muito.
Respirei fundo coloquei um sapatênis e fui direto pra casa de Mag mas fiz outro caminho não posso encontrar com o moço novamente...
Percorri um caminho mais longo, mas que no fundo valeu a pena cheguei sã e salva e nenhum amigo de meu marido avistou meus passos, grito Mag no portão e a mesma desce na hora já abrindo o carro que estava na calçada..
Colocamos músicas aleatórias e me encosto  na janela, e fecho os olhos..

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— Chegamos — a morena fala me cutucando — espero que esteja pronta para ouvir os médicos.

— Estou…

Descemos do automóvel e fomos fazer a ficha na recepção, a cada momento fico nervosa e mais nervosa, meia hora depois começo a andar de um lado para outro até que minha senha é chamada, pedi para que minha amiga entrasse comigo por questão de segurança...

— Eduarda Ferreira — uma voz grossa ecoou pelo corredor.

— É parece que a hora chegou.

Entrei na sala com Mag e ficamos encarando o médico...