À primeira vista

Capítulo 3

Entrei na casa do estranho, e que casa ela é perfeita, a cozinha é branca e preta com uma pequena mesa redonda na cor vermelha, e me sento naquela cadeira de estofado na mesma cor.

— Feche a janela por favor — pedi quase implorando o mesmo obedeceu na mesma hora — sei que faz um tempo que a gente não nos vemos mas preciso de ajuda…

— O que houve pode falar, aliás me chamo Rodrigo.

— Eduarda, prazer enorme.

Estendi minha mão para o grandão a minha frente, que sorriu e passou suas mãos sobre minha face.

— Sei que está machucada, seu batom vermelho não esconde mais a ferida, e seu coração vai melhorar.

— Preciso de ajuda, sabe primeiro quero pedir desculpas pelo dia em que sair correndo e por invadir sua casa agora.

— Que aconteceu ?

— Meu marido, ele quer me matar — falei chorando — me protege por favor.

— E por que ele faria uma coisas dessas com você minha jovem ? — perguntou chocado e sua cara não esconde isso.

— Pelo fato de eu está grávida, ele não aceita a criança e não quero matar ela, ele jura que não é dele porque Gustavo amigo dele me pegou olhando para outro homem.

O rapaz a minha frente engole a seco e começa a ficar pálido, e com os olhos arregalados pega dois copos e os descansam sobre a mesa e pega na geladeira uma jarra com suco dentro.

— E esse rapaz…

— Sim, era você — falei correndo demais — minha amiga me pediu para que te contasse mas eu não podia sabe ? Hoje meu filho corre perigo por conta das minhas escolhas.

— Mas de qualquer forma isso não dá a teu marido o direito de encostar a mão em você, você já foi em um médico polícia, já denunciou esse cara ?

Sinto seu coração acelerando pois escuto o barulho das suas batidas e sua respiração aumentar, não queria que ele ficasse sabendo dessa forma mas já que estou aqui aproveitei para contar.

— Não, não posso se eu faço isso, pode ser o meu fim.

— Agora estou aqui com você, não vai ser nenhum "Zé droguinha" que vai acabar com você eu prometo te defender até o fim da minha vida.

Pego o copo com o suco e dou um gole segurando minhas lágrimas, era bom saber que poderia confiar em Rodrigo, mesmo me conhecendo tão pouco sinto uma energia entre a gente.

— Sabe, aquele dia senti algo por você sim — falou Rodrigo segurando minhas mãos — e foi a primeira vista meu coração acelerou quando te vi, e não foi só pela beleza senti uma conexão quando nossos olhares se cruzaram.

— Qualquer uma falaria que está muito rápido isso — comentei rindo.

— Vou te proteger, e não será necessário tirar essa criança, vamos cuidar dela.

— Como assim vamos ?

— Agora somos amigos não somos ? — pude sentir a dor em sua voz ao falar — vou te ajudar em tudo que precisar.

— Acho bom que isso aconteça agora, ou se não será dois para o inferno e um para o céu — escutamos uma voz irada.