Capítulo 5

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— Acorda amor — ouvi Margarida em cima de mim — vamos na delegacia e depois vamos pegar seu boy no hospital.

— Você tem noção que você tem uma escada enorme para descer né ?

— Levanta logo garota, anda.

Morrendo de raiva levantei e me espreguicei, fui caminhando até o banheiro onde perdi meu tempo me arrumando, ouvi meu celular tocando e vi que era mamãe, logo atendi e ela me pediu para ir buscar na rodoviária da cidade, que daqui algumas horas chegaria, com certeza eu confirmei, depois de falar com ela peguei uma calça jeans e um salto bege e uma blusa rosa salmão bem clarinho.

— Bom dia — falei entrando na cozinha — o que temos aqui ?

— Comida oras — assim que Gusto fala revirou os olhos — está pronta ?

— Mais que nunca.

Rimos e tomamos café, e seguimos para a delegacia, sinto minha barriga doendo de nervoso Gustavo para o carro e entramos no local, a delegacia está bem lotada para uma sexta feira.

— Minha mãe me ligou — falei tentando passar o tempo — ela ficou tão feliz ao saber que vai ser vovó.

— Hum.., mas ela vai finalmente vim ?

— Sim, e vou contar tudo a ela.

— Faz bem.

Sorri estou literalmente sem assunto, começo a pensar em Ro será que ele está bem ? Bom acho que sim, fico olhando os quatro canto da sala de espera, os bancos pretos de estofado e um balcão na mesma cor em frente, respiro fundo e começo a balançar as pernas.

*****

— Próximo — o homem que estava no balcão chamou — em que posso ajudar ?

— Quero fazer uma denuncia ao Carllos Herryco de Oliveira — falei batendo as unhas na bancada.

— Esse nome não me é estranho — ele falou logo  mostrou uma lista em seu computador — aqui está mais uma para o histórico dele, que horror.

— Como assim mais uma ? — falei surpresa.

— Quer que eu leia tudo ? — afirmei que sim com a cabeça — o mais recente foi semana passada, uma mulher veio aqui e o denunciou por roubo a mão armada, ano passada um jovem veio falando que ele batia em sua prima e uma senhora falou que ele sequestrou sua filha.

— E porque ele estava solto todo esse tempo ?

— Ele estava foragido, e a senhora me mostrou sua foto.

Fiquei em silêncio por longos minutos sei que se ele for preso não sai tão cedo, volto ao assunto e o denunciei por agressão física ao Rodrigo e por violência doméstica.

— Tem provas ? — o homem me perguntou e o olhei sarcástica — o Rodrigo está internado e eu tô aqui ferida.

— Iremos fazer um exame de corpo de delito.

Concordamos e marquei os exames, agradeci a ele e fui direto para o hospital ver meu namorado ou quase namorado, entrei no hospital e peguei meu crachá, e entrei na sala vejo que o mesmo está bem melhor e não está mais com o soro.

— Bom dia meu amor — falou me abraçando — cadê os meninos ?

— Pedi para que fossem para casa, queria falar com você.

— Agora não, acabei de receber alta, já vamos arrumar minhas coisas.

— Que bom meu amor, daqui então vamos passar na rodoviária.

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