14 - Dopada

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Paula

Bom como estamos vendo... Minha vida tá um verdadeiro inferno. Não tenho paz e sossego praticamente. Primeiro foi minha situação com o Daniel, fui violentada. Muitos estão vendo meu silêncio e acham que eu superei o ocorrido. Não gente, eu não superei, ainda dói muito. Eu choro todas as noites, não durmo bem, me sinto insegura, suja, morro de medo de chegar perto dele e de qualquer homem estranho, se antes eu tinha medo, agora tenho trauma. Não confio em mais ninguém a não ser na Hari e na minha família. Eu confio muito na Hari, mas no fundo sei que não me sinto preparada para me entregar a ela e agora nós duas separadas, nem sei se tem volta mais. Muitos devem não entende do pq eu não o denunciei até hoje. Não denunciei por vários motivos: Por ele ser rico e ter muito poder na sociedade, por ser uma ameaça pra mim, Hari e minha família. eu tenho medo de que ele faça algum mal a eles. O Daniel já mostrou de todas as formas do que ele é capaz. Colocar ele atrás das grades, ia deixar ele com mais odeio ainda e sabemos que mesmo uma pessoa presa pode fazer de tudo, mesmo estando lá, pois todos sabemos que dinheiro compra tudo. E mais uma vez ele provou que é um monstro. Além dele ter me batido, quase me estrupou, me ameaçou de morte, agora ele me dopou na intenção de me separar da Hari e ver nos duas sofrer. Mas um dia eu vou ter coragem de colocar ele na cadeia e provar a todos que eu fui topada, vocês acha que eu não tenho provas contra ele, mas eu tenho todas provas necessária, para colocar ele atrás das grades, não entreguei a polícia por medo dele fazer mal a alguém que eu amo. Eu permito ele fazer comigo, mas tocar em quem eu amo, jamais ou seja tô fazendo isso para proteger a minha família, o amor da minha vida e quando tomo uma rescisão ninguém tira ela da minha cabeça.

1 semana se passou já, depois que chegamos de viagem, eu ando muito reservada, mal desço, não converso tanto com a Tereza como antes, a minha mãe não fala muito comigo, nem o papai, Hari pior ainda, tem dias que não vem aqui mais, a única pessoa que tá do meu lado e cuidando de mim é a Mônica as coisas não estão fáceis para mim.

Hari chega e me chama para conversar.

Hari: Por enquanto não deixarei de vim aqui de vez. Não por você, mas sim pelos seus pais e também para imprensa não vir especular coisas, é melhor fazermos assim por enquanto.

Paula: O que você decidir, pra mim não tá fazendo diferença do mesmo jeito – falei triste.

Hari: Só peço que não se aproxime de mim, estou muito magoada Paula, muito magoada mesmo.

Eu não falei nada, apenas confirmei com a cabeça e ela sai com lágrimas nos olhos, eu fui para meu quarto, não sair de lá durante toda a tarde e noite.

Era madrugada, eu repetia o que fazia há 4 dias, ando pelo quarto sem conseguir dormir, há 4 dias não dormia, durante os primeiros dias até que eu dormia, pelo menos 3/4 horas por noite, mas agora nada, não aguentava mais esse desprezo dos meus pais, Quando Hariany chegava eu era literalmente ignorada por ela, isso estava me matando, nem o apoio de minha mãe eu tinha, claro, errei né, não tinha para quê estar pedindo ou querendo apoio da mãe, eu errei feio.

Eu desci, fui até a cozinha, peguei um copo com água e voltei para o quarto, vou até o banheiro e peguei um vidrinho com alguns calmantes dentro, tinha que fazer alguma coisa pra dormir, não estava aguentando, peguei uma cápsula e bebi junto com a água, deixei o copo ali ainda com água e vou pra cama, meia hora depois vi que não tinha surtido efeito, voltei ao banheiro e peguei mais uma vez o vidrinho, dessa vez peguei duas cápsulas, colocando na boca em seguida e tomando o resto da água do copo, não demora muito finalmente peguei no sono.

Dia seguinte...

Tereza

O telefone da casa toca, eu atendi e era a Mônica.

Minha Heroína (Pauriany)Onde histórias criam vida. Descubra agora