15 - Não fizemos nada

221 27 20
                                    

Continuação...



Adriana



Deixei a Hariany na sala e subir até o quarto da Paulinha, encontrei a minha filha deitada, ela estava abatida, mais magra, Vou até a cama e sentei ao seu lado, passei a mão no rosto dela que abre os olhos, olha para mim e uma lágrima sai.



Adriana: Meu anjo, te amo tanto, mas você sabe como sou, não suporto hipocrisia, não suporto traição e você fez, não te ensinei isso, não foi assim que criei você minha filha.


Ela ouvia tudo calada, chorava em silencio, com os olhos fechados sentia o meu carinho e eu continuei.


Adriana: Me doeu você não confiar em mim, me doeu você trair sua namorada, me doeu você não ouvir meus pedidos de não se aproximar do Daniel, me doeu você se juntar com a Mônica e me enganar. Minha filha, você nunca foi assim, você não é assim. Olha eu e seu Pai vamos ficar responsável na empresa, decidimos a pouco, você precisa de repouso, a Mônica ficará aqui.



Paula: Mãe...


Adriana: Não fale nada, apenas descanse e melhore.


Levantei e dei um beijo na testa dela, quando vou saindo ela me chama mais uma vez.


Paula: Mãe, me faz companhia até eu dormir.


Eu voltei e me sentei no mesmo lugar de antes, fiz carinho nela e não demora muito ela pega no sono, quando vi que ela já dormia, beijei sua testa mais uma vez e sair, fechei a porta com cuidado para não acordá-la.


Mônica já tinha voltado da empresa, Hariany estava com uma viagem marcada para o Rio de Janeiro daqui a dois dias, junto com Sérgio. Paulinha continuava na mesma, não saía do quarto, Mônica era uma companhia maravilhosa, ficava atenta a cada movimento que a irmã fazia. Era noite, Mônica estava na sala junto com a Hariany, quando o celular dela toca, era alguém da empresa.


Mônica: Ah meu Deus, eu vou aí. - Desligando o Celular - Hariany, você vai sair?


Hari: Não, o que houve?


Mônica: Preciso ir na empresa com o pai, surgiu um imprevisto e preciso resolver, fica de olho na Paulinha? Ela já está dormindo.


Hari: Ok.


Se despediu e ela saiu, meia hora depois a Hari sobe, ia ver se ela ainda dormia, o mais obvio seria que estivesse sim dormindo por se passar das 22 horas.




Hariany



Entrei no quarto da Paulinha e tava um silêncio, vou até a cabeceira da cama e vir que tava de olhos fechados, sei que ela não dormia, estava de olhos fechados, mas ela sabia que quem estava ali era eu, me conhecia pelo cheiro, eu ia saindo, quando ela pede que eu fique, então fechei a porta e fiquei em pé olhando para ela que agora estava de olhos abertos.


Paula: Não suporto mais ser tratada assim por você! - fala triste.


Hari: Pensasse antes de me trair - falei rude.


Paula: Eu Te Amo, Hariany - começou a chorar.


Hari: Não é o que parece, você fez tudo por minhas costas! - falei triste.


Paula: Me perdoa, eu não queria fazer isso de propósito! - ainda chorava.


Hari: Por que não me falou que ele continuava te perseguindo? Eu tinha dado um jeito para que ele parasse.


Paula: Esse era o meu medo amor, você ir pra cima dele e ele fazer algo contra você, me entende Hariany?! - ainda chorava.


Hari: Se você me pedisse que não fizesse nada respeitaria sua decisão. - Me sentei próximo a ela, ela senta na cama, ficamos nos olhando.


Paula: Me perdoa, amor!


Hari: É difícil, Paula!


Paula: Não vai me perdoar mesmo né ? - me perguntou triste.


Hari: Só em pensar aquele homem tomando seu corpo para ele, te fazendo dele me dá muita raiva.


Paula: Nunca fui dele e nunca vou ser!


Hari: Seu corpo foi Paula! - falei fria.


Uma lágrima cai dos olhos dela e eu observava, me aproximo e vou com uma mão e limpo, outra insiste em cair, eu fiz o mesmo movimento. Me sentei mais próxima dela, ambas já respiravamos o mesmo ar. Eu pôde ver de perto o quanto ela estava abatida, os olhos com olheiras.

Minha Heroína (Pauriany)Onde histórias criam vida. Descubra agora