Vida nova...

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"Seja o teu amor o meu consolo,conforme a tua promessa ao teu servo(Salmos 119:76)".

As lágrimas em meu rosto, se misturavam com os finos pingos de chuva, que caiam naquela tarde. Eu olhei para as minhas mãos, que estavam ainda tremulas, e coloquei-as no bolso do meu sobretudo. Andei um pouco me afastando da multidão, e apoiei meu corpo em uma árvore, não muito longe de onde todos estavam.

O vento gélido soprou em meu rosto, e a minha visão se tornou ainda mais turva, pelas lágrimas que insistiam em cair dos meus olhos. Ela tinha ido embora. Melissa havia morrido. Aquela dor era diferente de todas as outras, pois ela era acompanhada por uma paz, uma paz, devido a certeza que ela estava com Ele.

De repente, sinto uma mão sobre os meus ombros.

-Não quero que você fique assim-diz bolinha de queijo.

-Eu estou bem, ou melhor, irei ficar bem-digo.

-Amiga acabou, você agora está livre para viver a sua vida, ela se salvou, você está de volta conosco, está bem, é o que importa, olha tudo o que você passou, não é qualquer um que aguentaria Helena. Quero você bem, quero você dando o seu melhor para o Senhor Jesus. Quero aquela Helena feliz e sorridente de antes, todos estamos com saudade de você, sua família, eu, os nossos amigos, chega de tristeza agora é uma vida nova, uma vida a qual nada mais te prende ao passado-diz bolinha de queijo.

-Você tem razão, eu não posso viver como se eu sempre tivesse em dívida com meu passado-digo.

-Pois é amiga, acabou-diz.

-Sim, acabou!-digo com um leve sorriso.

-Amanhã chega o seu uniforme-diz.

-Sim, o pastor, disse que iria dar um recado ao povo antes de eu voltar a trabalhar nas reuniões, devido a muitos ter ainda maus olhos comigo-digo.

-Não deixe isso te afetar, eles que perdem por não ver a pessoa maravilhosa que você é-diz.

-Obrigada Estefany-digo

-Helena, Helena...-diz sendo interrompida.

-Perdão...Obrigada bolinha de queijo-digo e sorrio.

-Assim está menos séria-diz e sorri.

Logo meu irmão aparece.

-Desculpe interromper a minha princesa, e a minha pirralha, mas...O meu pai está te chamando Heleninha-diz.

-O.k pirralho, já estou indo, vou deixar os pombinhos a sós-digo e sorrio.

-Ai ai-diz bolinha de queijo.

Procurei meu pai pelo cemitério e o vi perto da lanchonete.

-Pai?-o chamo.

-Filha, senta aqui comigo, vamos comer algo, você não comeu nada a manhã toda-diz.

-Não tenho fome pai-digo.

-Helena sua mãe está preocupada com você, você está sem comer direito a muitos dias, então trate de comer, ou você terá que ir pra casa agora mesmo-diz autoritário.

-Ainda me tratando como uma criança?-pergunto e sorrio.

-Sempre meu amor-diz e sorri em seguida.

Apesar de todo quele sofrimento, eu tinha ao meu lado, pessoas as quais eu amava, e mesmo aquelas que não estavam tão perto, eu as tinha perto do meu coração.

Mesmo Marcos estando longe, ele sempre me ligava(No caso pelo telefone da minha casa, pois o meu eu sacrifiquei rs) para saber notícias, e desde que voltei de viagem, ele esta sempre pertinho de mim, mesmo tão longe, mas ele cuida de mim como meu irmão mais velho.

A Obreira Real (Em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora