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O som de meus sapatos brancos contra o piso reluzente do shopping estalava quando eu andava calmamente ao lado de meu melhor amigo, observando as inúmeras vitrines e lojas cheias de produtos à venda. Tínhamos saído para comprar algumas coisas, mas era difícil quando eu estava acompanhada de alguém tão difícil de agradar.
Suspirei enquanto via o vendedor dr assustar, seu rosto se contorcendo em uma expressão de descaso e os ombros encolhidos depois de ouvir tantos gritos.
— Eu já volto com um novo par... — O vendedor disse com uma voz cansada mirando o chão, se despedindo rapidamente antes de correr e sumir no meio da loja de calçados.
— ACHO MELHOR NÃO DEMORAR, MALDITO! — O vendedor nem se deu o trabalho de responder, apenas correu mais rápido — Argh, que cara mais lerdo e inútil!
— Você não acha que está sendo exigente demais, Kacchan? — Indaguei, virando meu rosto delicadamente para poder encará-lo. Bakugou me olhou de volta, as sobrancelhas franzidas se afastando e seu rosto se suavizando. Ele grunhiu com aquele jeito bruto de sempre, apoiando o rosto na palma da mão sustentada sobre o seu cotovelo repousado em seu joelho enquanto me olhava.
— Eu preciso de um tênis de corrida bom de verdade se quiser vencer o maldito do Deku. — Ele cuspiu o nome no ar, como se as sílabas que saíram de sua boca fossem amaldiçoadas — Enquanto esse otário fica demorando séculos pra me trazer um tênis bom, aquele nerd de merda fica escrevendo porcarias naquele caderno estúpido que ele carrega pra todo lugar — Ele revirou os olhos com desdém e suspirou, o vendendor voltou e agora mostrava um novo par de tênis laranjas para Bakugou.
Revirei os olhos ao ouvir ele começar a se lamentar por não superar o seu rival, de novo.
— Você não precisa ser tão grosso com os outros, Bakugou. Meu anjo, desculpa esse idiota, tá? Juro que não é por mal — Eu sorri, me virando para encarar o vendedor. Ele devia ter a mesma idade que nós dois, tinha cabelos escuros e olhos castanhos, além de um queixo esculpido. Nossa, aquele garoto era realmente bonito.
— Não se preocupe, linda. Eu já estou acostumado com isso — Ele sorriu de volta e negou com a cabeça, empilhando as diversas caixas de tênis que Bakugou rejeitou com tanta convicção de que não serviam. As vezes acho que ele não entende que nem tudo é do jeito dele.
O garoto desconhecido me deu uma piscadela divertida, suas bochechas rosadas emprestando uma cor bonita ao seu rosto.
— Linda, hein? Obrigada pelo elogio, meu anjo — Pude observar Bakugou prestar mais atenção à conversa, me olhando de soslaio, mas ainda assim sem dizer nada. Ele continuava mudando a postura conforme ia olhando os tênis que quase pegavam fogo em suas mãos.
— Acho que garotas bonitas merecem elogios, e você é uma das mais bonitas que eu já vi. Eu saio às 20h, a propósito. Se ainda estiver por aqui, quem sabe eu posso te pagar um café ou algo assim? — Ele me lançou um sorriso ladino, equilibrando as caixas de sapato nos braços.