Dor

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Sabe quando vou superar essa dor?
No dia em que o peito não apertar quando a lembrança vier.
Quando a imagem gravada no papel não fizer meu rosto transbordar saudade.
Quando os sorrisos serão abertos e não de canto de boca. Quando meu corpo não parecer estar febril, e nem dolorido.
A dor vai continuar. Mas a intensidade irá diminuir com o passar do tempo. E quando me atentar já terão se passado anos, décadas, e só vou perceber o quão forte me tornei por ter aprendido a carregar a dor de uma maneira bonita e respeitosa.
Ela mudará de nome, de dor passará a se chamar lembrança (Regada com um bocado de saudade). Se vai passar? Vai não!
Mas vai ficar menos intensa do que antes. E as horas de isolamento no quarto vivendo a bad inevitável, mudarão para horas aproveitando quem restou pra amar e cuidar.
O amor vai ficar guardado no peito com saudade, e com a missão de transbordar pra quem ficou!

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