Capítulo 5

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     "Eu sei que provavelmente já comecei fazendo tudo errado, mas peço apenas que confie na minha capacidade de mudar a vida desse garoto".

     Foi a primeira coisa que tentei dizer ao meu pai depois que entrei no meu apartamento, ele não respondeu, será que é por isso que algumas pessoas como Hector ficam frustradas? Eu sempre tinha respostas imediatas que eles tinham que esperar um sinal como a luz do cômodo começando a piscar ou coisas sendo derrubadas sem vento algum, mas mesmo assim fiquei à espera de uma aparição mágica na minha frente.

     Eu não fazia a mínima ideia do que fazer por aqui, era uma das únicas vezes em que eu estava totalmente sozinha durante toda a minha vida, talvez por isso que eu aceitei o convite de Hector, ele parece ser muito amigável, é totalmente você observar uma pessoa de longe e conhecê-la tão de perto, é completamente estranho, na verdade, eu conheço cada passo que ele dá e ele não faz a mínima ideia de quem eu sou.

     Afasto esses pensamentos e deito no chão do apartamento com certo tédio, talvez eu fique assim até que os amigos de Hector cheguem à casa dele ou talvez eu veja o que todas essas coisas podem fazer, acho que é uma boa ideia, afinal de contas, terei que usar essas coisas algum dia da minha vida... Eu acho. Enfim, liguei o retângulo preto e várias imagens de um garoto com uma roupa vermelha super apertada logo apareceram, aparentemente, o nome dele é Barry e ele ajuda as pessoas da cidade com a sua supervelocidade.

     Assisti uns 5 episódios seguidos comendo pipoca, essa iguaria dos deuses à base de milho, até ver que já era quase o horário de sair então levantei e fiquei de frente para a porta esperando dar 8 da noite já que o garoto morava do outro lado do corredor. 20:01, comecei a girar a chave lentamente chegando a conclusão de que se chegasse às 8 em ponto pareceria desesperada para vê-lo de novo, não que eu não estivesse, mas eu não precisava demonstrar não é?

     Finalmente abri a porta e me deparei com aquela muralha e olhos verde acastanhados com o punho levantado como se fosse bater na minha porta e... Espera, aquilo na outra mão dele eram lírios?

     - Hm, eu só percebi agora que não dei um presente de boas vindas então decidi vir entregar agora - ele olhava fixamente para os meus olhos e dava um sorriso nervoso que era uma fofura, eu dei um sorrisinho de canto e quando eu ia responder, um casal chegou e depois de alguns cumprimentos entramos no apartamento do Hector.

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Olá, galera, coloquem aqui o que vocês estão achando aqui. :)

AnjosOnde histórias criam vida. Descubra agora