Remetente:
Para:Posso vê-lo agora. Tenho a noção de que me entende e que eu o entendo, mas que, ainda assim, somos dois planetas orbitando em galáxias distintas. Tu tem àquele olhar que queima-me por dentro, rasgando-me ao meio e levando a mim está urgência noé estômago.
Passei tempo demais procurando você, tentando achá-lo em todas as esquinas dessa cidade, onde as noites são quentes e intensas, e os bares são agitados.
Ainda lembro de ti. Teus olhos castanhos, a curva sacana dos teus lábios e o jeito displicente.
Eu sei o teu nome e sei onde mora. Sei os teus gostos e sei que adora àquela música que fala de amor.
Mas também sei que eu não sou teu amor.
Por isso, estou deixando-o ir. Estou afastando-o da minha mente, sem dar espaço para que eu tente agarrá-lo aqui dentro do meu coração e não queira soltá-lo mais. Nunca mais.
E quando for, sei que poderei me sentir inteira novamente. Não era amor. Era só uma ansiedade louca demais, e que paralisava-me por dias a fio, enquanto eu viciava-me cada vez mais em propagar a minha própria miséria.
Vá.
Eu vou ficar bem.
Vá
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eu escrevi essa merda para você
Poesía"vi você, e meu coração te reconheceu. você estava diferente, mas ainda era o mesmo. não me aproximei, queimei ali mesmo, sem causar danos letais, como uma faísca que vai apagando lentamente. você foi -se. só a poesia me restou"