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    A casa onde iríamos ficar é enorme, Maíra me explicou que essas casas (uma para os meninos e outra para as meninas) é de uma das diretoras, geralmente ela passa o verão aqui e agora nos iríamos passar poucas semanas no lugar onde elas deveriam estar.

    A diretora apresentava a casa para nós enquanto o professor explicava para os meninos na outra casa.

— E pra onde da essa porta? — Alice pergunta, para a diretora, apontando para uma porta que tinha uma cor diferente das outras e ficava escondida no canto da sala.

— Essa porta liga as duas casas. — a diretora responde.

— Tá, mas porque a cor é diferente? Isso me irritou um pouco. — Eu digo e a diretora da de ombros.

— Pintaram pra vocês saberem que não podem passar. — Ela diz e eu assinto. — Ok, acho que é só, lá encima são os quartos, a suíte é minha e vocês dividam os outros como quiserem. — Alice e eu nos entreolhamos. Pelo menos no mesmo quarto vamos ficar.

    Mas antes que possamos pensar em correr todas as garotas já haviam subido como águias.

— Duas camas juntas devem ter sobrado. — Alice diz, sempre otimista.

    Entramos em uma porta, havia duas beliches mas nenhuma cama tinha sobrando. Outra porta e de três beliches só havia uma cama, o mesma ordem se repetiu em loop até o final do corredor.

— Não é ruim, digo, iremos ser vizinhas. — Alice diz e eu assinto.

— Ou podemos barganhar com alguém. — Eu digo e ela assente.

— É, pode ser.

(...)

Depois de duas horas todas as meninas estavam na sala fazendo várias coisas diferentes entretanto todas estavam tomando coragem para entrar na piscina já que o tempo estava indo de sol para nublado seria meio difícil.

    Alice procurava um filme de terror que eu não tivesse visto e no final ela desistiu e colocou Edward mãos de tesoura (que não era um terror mas não consegui corrigí-la)
Enquanto Alice dizia o quanto Jonnhy Deep era um bom ator eu escutava do outro lado as meninas falando sobre organizar uma festa.

— Amiga. Pera um pouco. — Eu digo baixinho e faço um sinal para que ela escute a conversa.

— Acho que poderíamos fazer algo tipo um baile com pares e tal. Então poderíamos jogar umas indiretas para os meninos. Poderíamos fazer algo tipo: sem par não entra. — Maria diz com uma risada no final.

    Alice fica de joelhos no sofá. As duas meninas estavam sentadas no chão da sala logo atrás do sofá.

— Você não acha isso meio sexista? — Alice pergunta e eu ajoelho também.

— Como? — A amiga da Maria (que eu sinceramente não sei o nome) diz.

— Isso reforça que as mulheres precisam de homens para qualquer coisa o que é mentira e qualquer uma aqui sabe. — Ela diz.

— Sem contar que de você quiser ir acompanhada de alguém ou não é opção sua. Tem muitas meninas e garotos assexuais também. — Eu complemento e ela revira os olhos.

— Aí, quem se importa. — Ela diz e Maíra se intromete.

— Todo mundo aqui e vocês também deveriam. — Maíra diz chegando perto.

— Ai chegou, três feministas. — A outra menina diz.

— Garota, o movimento te ajuda. Não atrapalha. — Alice diz. — Sem contar que isso é um elogio.

Viagem || FelpsOnde histórias criam vida. Descubra agora