Lidando com emoções

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Como prometido, Sasuke estava esperando por Sakura assim que ela entregou o plantão. No início a Haruno não sabia como reagir ao ver o Uchiha parado próximo ao hospital.

Ele parecia uma miragem, um delírio que ela teria após um turno cansativo. Porém, quando ele a notou e seus olhos se encontraram, o frio em sua barriga a trouxe a realidade, confirmando que aquilo era real e seu sonho finalmente estava acontecendo.

— Oi – disse se aproximando.

— Oi.

Algumas pessoas que passavam ficavam observando os dois. Afinal, Sasuke Uchiha havia retornando e estava ao lado de Sakura Haruno em sua primeira aparição pela vila.

— Preciso passar em casa antes de irmos ao Naruto-kun.

Ele assentiu e começou caminhar ao lado dela em silêncio. O Uchiha não queria ficar passeando pela vila, sentia que sua exposição poderia trazer riscos a aldeia, já que durante os anos que esteve fora notou que muitos nekunins queriam seus olhos e não mediram esforços para consegui-los.

— Está pensativo – disse ela perto de sua casa.

— Estou refletindo, não quero que a minha estadia na aldeia se transforme em um alvo.

— Estamos em tempos de paz Sasuke-kun. Sem contar que a aliança shinobi representa uma grandiosa garantia de paz por longos anos.

— Mas não significa que outros grupos não poderão se levantar a medida que todos acostumem com a paz.

— Eu sei – ela Suspirou – Por isso sua missão é tão importante.

Sasuke notou o pesar na voz da Haruno e se culpou por obriga-la a encarar essa realidade ao seu lado.

— Pode ficar se quiser.

Sakura o encarou assim que eles chegaram a porta do apartamento.

— Ficar?

— Não quero que se coloque em perigo por mim.

— Eu não tenho medo do perigo, Sasuke-kun – Sakura arqueou a sobrancelha e cruzou os braços – E sou forte o suficiente para me defender.

— Nunca pensei no contrário – ele sorriu de canto – Mas ainda sim...

— Está desistindo?

Sasuke respirou fundo.

— Não. Não estou desistindo.

— Então encerramos esse assunto – ela se virou e abriu a porta – Não repare na bagunça, quase não fico em casa.

— Há quanto tempo mora sozinha?

— Após a guerra eu achei melhor ficar mais próxima do hospital, já que recebia chamadas de urgência quase sempre. Meus pais ainda moram no mesmo lugar, pensei em jantar com eles amanhã, o que acha?

— Bom – disse simplesmente.

Sasuke percorreu o olhar por toda a sala, era pequena e aconchegante sendo separada da cozinha por uma bancada alta. Tudo ali lembrava Sakura, tão delicado e elegante.

— Vou tomar um banho rápido e podemos ir a casa do Naruto-kun em seguida. Fique a vontade.

Sakura sumiu pelo corredor e Sasuke permaneceu parado próximo a porta. Sentia-se estranho naquele ambiente tão claro e feminino.

Aos poucos se aproximou da pequena estante com algumas fotos. Viu retratos novos e antigos. A foto do time sete e outras que haviam tirado em missões. Sorriu ao notar sua expressão sempre carrancuda em um perfeito contraste com o sorriso aberto da Haruno. Sakura sempre fora sua luz, e esforçou-se muito para ignorar sua presença ao seu lado.

A viagem de Sasuke e SakuraOnde histórias criam vida. Descubra agora