capítulo 1 - A descoberta.

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-Tira as crianças daqui.-Meu pai ordena de forma autoritária para meu tio.

Meu tio assente e puxa eu e Marcelo para dentro da casinha do barco.

- fiquem aqui dentro, não saiam por nada.- meu tio diz antes de sair e fechar a porta.

- o que que tá acontecendo?- Benjamin diz após perder o foco em seu celular.

- Meu pai madou seu pai nos trazer pra cá, não sabemos o motivo, mas parece que eles acharam alguma coisa no mar.- tento explicar a situação pro Benjamin.

- não deve ser lá grande coisa, pode ser só um tubarão.- Benjamin volta a atenção para o seu celular mostrando total desinteresse pelo o que eu disse.

- Como assim tubarão? - Ana pergunta quase chorando enquanto sai do quarto ao lado.

Ana é a Irmã caçula de Benjamin, ao contrário do irmão, ela é um amor. Ela é a única criança aqui em volta de três pré adolescentes e dois adultos.

- sim, um enorme, e ele adora criancinhas choronas. - Benjamin diz na tentativa de ser um imbecil que é o que ele sabe fazer de melhor.

Ana chora em prantos fazendo um sorriso crescer no rosto de Benjamin.

- ele só tá brincando Ana, vem.- Marcelo diz enquato puxa a Ana para dentro do quarto novamente.

Marcelo é nosso primo, está aqui pois nunca tinha andado de barco, normalmente nessas aventuras só vai eu e Benjamin.

- você não crescer né, é impressionante. - digo ao Benjamin.

- Maria, você não imagina o quanto eu não ligo.

- só prova o quanto você é um lixo.

- você tá doida pra nadar com os peixes de novo né.

Eu e Benjamin crescemos juntos, ele sempre foi imbecil, uma vez, enquanto estavamos pescando com nossos pais, ele me jogou pra fora do barco junto com um amigo dele, e eu não sabia nadar, desde então, eu tenho um pavor imenso de mar, não entro nele nem se me oferecessem uma nota de um milhão de dólares.

- não tenho medo de você.

- quer pagar pra ver?

- meu pau subir e descer?- desculpa gente mas eu tinha que usar essa, ele meio que pediu.

Benjamin ficou com uma feição de que não gostou muito do que eu disse, deve ser por que eu usei uma frase dele contra ele, ser infantil com gente que é infantil deixa a pessoa contrariada.

- pena que essa sua gracinha vai durar pouco.

Reviro os olhos e me deito no colchão inflável que se encontrava no canto.

Ouso um barulho e vejo que meu pai e meu tio entram e fecham a porta.

Meu tio se encontrava inquieto e com um olhar diferente, já meu pai, estava com um olhar de alegria.

Meu pai assobia e a atenção de todos vai pra ele, incluindo a de Ana e de Marcelo que estavam no quarto.

- vou falar uma vez só, eu não quero ninguém lá fora. Não podemos ir embora agora, o mar não tá em condições precárias para isso, sairemos assim que amanhecer, quero que todos descansem.

Todos concodam e se preparam para dormir.

Eu que já estava deitada, apenas forço minhas vistas até pegar no sono.

(...)

Ouso uns barulhos e acabo acordando.

Meus olhos se abram lentamente e me assusto um pouco ao perceber que estou fora da casinha do barco, tô do lado de fora, onde exatamente meu pai proibiu todos de ir.

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