capítulo 2 - Guia.

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A água que entrou em mim, começa a sair, e a luz da Lua começa a refletir em meus olhos.

O vento que batia sobre meu corpo, fazia com que um frio tenebrosa se manteve presente.

-ela acordou.

ouso alguém gritar e quando percebo de quem se tratava, era meu tio.

-é bom que ela acordou por que agora eu posso matar ela com as minhas próprias mãos.- meu pai diz de forma mega irritado e se aproxima de mim.

Meu medo me domina novamente e rapidamente consigo me levantar com um pouco de dificuldade.

- pai, eu posso explicar?

Sem da tempo de pensar muito, papai me segura pelo braço com a mão esquerda e com a direita ele faz o que eu mais temia, ele deu um tapa na minha cara.

Automaticamente, minha mão vai até meu rosto na tentativa de diminuir a ardência.

- como você pode fazer uma coisa dessa? - ele grita.

- ela ia acabar sofrendo por aqui.

- não me interessa, o que iria valer é o que eu ia ganhar em troca.

- ela também pensava como a gente, tinha sentimentos, conseguia nos entender.

- conseguia tanto que ela te deixou pra morrer né, quem conseguiu te tirar da água foi o Benjamin por que por mim, você ficava por lá.

As severas palavras duras do meu pai, fez com que meus olhos começassem a marejar e de forma instantânea, meu olhar se torna vago e se perde pelo chão.

Meu pai parecendo um pouco arrependido pelas palavras, mas sem esboçar algum tipo de reação, solta meu braço com um pouco de violência e caminha em direção a casinha do barco.

(...)

Sete anos depois.

Alguns anos se passaram desde o ocorrido.

Meu pai quase não tem falado comigo desde então e minha curiosidade sobre a vida marinha, na verdade, mitoligica marinha foi crescendo a cada dia.

Um ser mitológico existe, é um fato incrível e como já não fosse de esperar, o que acotenceu comigo se tornou um dia bem traumatizante por conta do afogamento.

Será mesmo que aquela sereia iria mesmo me deixar pra morrer? Eu salvei ela, por que ela não me ajudou? Será que ela é um ser maligno?

Perguntas na minha cabeça me rodeiam de vez em quando durante esses anos, é simplesmente algo em que, por algum motivo, eu não consigo esquecer e fico fascinada a cada dia, ainda mais em busca de alguma resposta.

Eu preciso urgentemente achar ela.

-oi Mari.

Perco minha atenção do livro e encaro a ruiva que se senta na cadeira a minha frente.

-oi Mel.- digo enquanto dou um pequeno sorriso amigável para ela.

Melanie é minha melhor amiga vai fazer uns sete anos, se conhecemos após o grande trauma da minha vida.

-vc e esse livro de criança- a ruiva encara meu livro e da uma pequena risada.

-aonde tá escrito que é de criança?- digo fazendo a ruiva revira os olhos.

-tenho uma notícia pra te dar- Mel diz trocando de assunto.

-fale.

-promente que não vai ficar chateada?

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