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- O que você queria fazer antes de morrer? - Ela o olhou estranho por conta da pergunta repentina.

- Por que isso derrepente? - Ela volta a olhar para o lindo mar a frente deles.

- Só queria saber. - Ele alisava a mao da garota com o seu polegar. - Sabe, eu queria... Dirigir em alta vocidade, e cair no mar. - A garota riu. - Ei! -

- Desculpa. - Ela coloca a mao na boca tentando abafar a risada. - Eu queria fumar em cima do telhado da minha casa vendo o sol se por. -

- Meu Deus. - Os dois se olham. - Consigo sentir o cheiro do seu proximo câncer da qui. - Carley bate nele.

- Nao brinque com isso. - Eles riam, e se encararam por longos minutos. - O que foi? -

- Queria te beijar ate perdermos o fôlego. - Ambos riram.

Era quase 6 da manhã, eles haviam saido da casa dos avós de Carley sem avisar ninguem, qieria aproveitar a compainha um do outro e foram para uma pequena praia perto dali, e com as mãos entrelaçadas eles olhavam o nascer do sol.

- Mais do que ja nos beijamos? - Ela lembra da madrugada que teve com o moreno.

- Sim...Muito mais. - Ele segura o queixo da mais nova e a beija com vontade. Ela ama tanto como ele some com a dor dela com apenas um beijo. - Olha só. - Suas testas ainda estavam coladas. - Sua boca estava azul, agora esta vermelhinha. - Ele a beija de novo chupando os labios inchados da jovem.

- Você os esquenta com seus labios. - Ela consegue arranjar um espaço entre suas bocas mas logo volta a ser beijada por ele.

Pov's  JungKook

O tempo voa. Mas ele passava tão rapido quando eu estava perto dela. Carley, minha garota voou com o vento, ela voou naquela noite maravilhosa.

Foi naquela noite que minhas perguntas foram respondidas, na quela noite me desesperei por ve- la chorar tao intensamente depois do nosso beijo, na quele por do sol, entendi o que acontia com ela.

" - Sabe...- Ela sorria mas seus olhos soltavam lágrimas. - Tem uma coisinha na minha cabeça. - Ela aponta para sua cabeça. - Essa coisa esta me matando. - Ela limpa suas lagrimas com as coatas de sua mão. - Desculpe ter mentido para voce. -  "

Foi simplesmente assim que descobri que ela tinha um timor cerebral causado pela leucemia erradicada. Ela iria para Los Angeles fazer uma cirurgia que poderia mata-la ou poderia fazer ela viver, mas mataria suas memórias.

Pelo resto do mês fui diversas vezes em sua casa, mas seus pais nem seu irmão me deixaram entrar, disseram que voce nao queria ver ninguem, mandei mensagens te liguei, voce nem mesmo foi para a escola. Foi entao que recebi a ligação de sua mae dizendo que voce tinha ido...tinha ido embora.

Perdi contato com voce, com seus pais, com seu irmão, nenhum de nossos amigos sabemos o que aconteceu com voce, eu nao sei o que aconteceu com ela.

As vezes me pego pensando qual foi o destino daquela garota linda dos olhos azuis, me pego pensando se ela esta bem, ou se ela morreu em uma mesa de cirurgia, ou se simplesmente nao quis tratamento e morreu em uma cama de hospital. Todos esses destinos me machucam tanto, pois em nenhum deles estamos juntos, eu nao sei qual destino queria que voce tivesse ja que todos eles nao estou com voce.

Voce me ouve chorar?

Ainda passo todos os dias em frente a sia casa que a 6 anos tem uma placa de "vende-se " nela, as vezes penso que talvez voce volte, e por isso faco o caminho mais longo só pra paçar em frente a onde era seu lar.

Mas foi naquela noite, onde eu fui ate o quarto que ela estava com sua prima, que tivemos nossa primeira e última vez.

" - Sinto sua falta. - Seguro a mao dela.
   - Eu tambem. - "

Aqueles olhos sedentos dela me mataram, naquela noite foi quando fomos para o unico quarto que nao tinha ninguém, o mais afastado. Foi naquela noite que perdemos a vergonha e tomamos pela ousadia. Mesmo tendo sido dificil acertar o feixe de seu sutiã e ter me esforçado para nao machuca-la, aquilo foi maravilhoso, nao pelo prazer mas por ter sido ela ali, por ter sido a Carley em meus braços, por ter sido aquelas orbes azuis claras que me olhavam enquanto eu a beijava com ternura, por eu ter tido aquelas maos se entrelaçando com as minhas, por ter sido a voz dela. Aquela noite, aquela madrugada, senti que era uma despedida, e eu estava certo.

Mesmo fazendo tanto tempo que nao a vejo, mesmo eu nao fazendo idéia de como ela esta, se ela ao menos esta viva, eu ainda consigo sentir as maos dela em meu rosto, seus labios azuis vicarem vermelhos após um beijo, consigo ouvir a voz dela em meu ouvido dizendo adeus. Mesmo fazendo mais de 6 anos que estou sempre a olhar os desenhos que faço dela, eu nunca esqueço nenhum detalhe de seu rosto, sempre retocando com grafite todos os dias os mais de 1200 desenhos que tenho dela.

Eu ainda amo ama-la intensamente.

...

Entao...Era para eu ter enrrolado mais a história, mas achei que ela ficaria grande demais entao quis encurtar um pouco para eu nao perder as ideias dos proximos capitulos. Se nao gostram é só comentar que eu apago esse capitulo e volto com o meu primeiro planejamento para essa fic.

Dois garotos, um amor |Jeon JungKookOnde histórias criam vida. Descubra agora