Morreu? - Capítulo 4

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O Samu chegou e fez os primeiros socorros para que ele chegue vivo ao hospital. Não foi nada fácil, mas ele era forte e conseguiu sobreviver a mais uma crise de asma. Sendo assim, foi levado para o oxigênio.

Enquanto isso, em casa.

Yonara e a sua mãe estavam acordadas preocupadas e esperando ligações da vizinha para dar notícias.

- Yonara, vá para cama dormir - Disse a mãe.
- Não, vou ficar aqui

Yonara Narrando

Acordei e vi minha mãe desesperada, olhei para o lado e Lohan continuava dormindo. Corri para sala e me deparo com meu pai desfalecendo. Minha mãe pedi para que eu vá a procura de socorro e eu abro desesperadamente a porta e corro atrás de ajuda para que possa acompanhar meu pai ao hospital. Minha mãe não pode ir, primeiro porque ela é deficiente física, mas isso não significa que ela não faça nada, ela faz tudo que esteja ao seu alcance, arruma á casa, lava as louças, lava roupa e faz cada comida gostosa. E, segundo porque eu e meu irmão não podemos ficar só por sermos de menor.
Encontro ajuda e minha mãe chama a ambulância, e ele se vai.
Já era madrugada, estava preocupada com o meu pai e só está eu e a minha mãe acordada, ela me pedi para ir dormir, mas não quero, pois quero ver meu pai chegar bem. Na verdade, estou com medo, medo dele ir a óbito. Então, pego uma cadeira e vou para a varanda, onde é de costume ficar ali com ele e ouvi-lo tocar violão. Olho para o céu e peço em oração a Deus que o traga de volta e que aquilo não passe de um susto.

Já é 7h da manhã, o telefone toca. É a vizinha com notícias do meu pai. Minha mãe atende

- Oi, Nazaré, como ele está?
- Ele no momento está no oxigênio.
- Mas ele tá bem? Vai voltar para casa hoje?
- Fora isso, está bem, sim. Tudo indicada que hoje ele será liberado

Minha mãe se despede e desliga a chamada. Ela me chama e informa que meu pai tá bem e tem chances de voltar para casa no mesmo dia! Fiquei aliviada, ele tá vivo e Deus não tirou ele de mim, mas não me sosseguei enquanto ele não chegou.

Era 10:00AM, ele chegou.
Corri para os braços dele o abracei e chorei, ele tava feliz e para me agradar trouxe algumas guloseimas. Ele nunca tirava aquele sorrisão do rosto, independente da situação que ele estivesse tava sempre feliz e grato a Deus por mais um dia.
Era rotina levar eu e o meu irmão para sair no fim da tarde e visitar o resto dos meus irmãos. Ao chegar em casa ia conversar com mãe a respeito de como foi seu dia e a noite preparava a janta para nós e íamos assistir a novela, nesse mesmo dia ia passar um filme bacana e eu o convidei para assistir. Minha mãe é chata e preferiu ir dormir que ficar com a gente assistindo. Então, ficamos na sala, Eu e ele, ele no sofá e eu no tapete até que quando olho para o lado ele já estava dormindo e eu aos poucos peguei no sono. Não assistimos nada do filme!!

Meu pai é muito bom para mim também é justo, sempre quando faço algo de errado ele me coloca de castigo que é o certo, mas num é aquele castigo limitado. Ele tem um coração enorme, é cuidadoso, amoroso e sempre nos ensina os seus princípios, sempre nos leva a escola e conta um pouco da sua vida sempre que dá. Eu estudo a tarde a noite, após a janta, já é costume esperar ele deitar no sofá e eu ir no quarto pegar as xuxinhas, broches e escova para mexer no seu cabelo, ele nunca reclamou, sempre gostou. Passava sempre o jornal todo fazendo vários penteados no seu cabelo, muitas das vezes ele chegava a dormir.

Pai & FilhaOnde histórias criam vida. Descubra agora