Faíscas Azuis (HIATUS)

Baile, Coincidência e Assassinos

Dia 27/12

19:45

Sasuke havia acabado de estacionar seu carro na garagem da grande mansão. Na entrada podia-se ver muitas luzes que deixavam o lugar mais elegante e chamativo.
Provavelmente pessoas comuns sentiram uma imensa vontade de entrar naquele lugar, mas não podiam por não terem sido convidadas.
Haviam algumas mulheres na porta do salão principal. Todas usavam suas máscaras com penas, jóias, traços folheados a ouro e prata. Chamavam muita atenção, e acabava ofuscando as máscaras simples dos seus acompanhantes, que eram feitas de camurça.
Os vestidos das mulheres eram muito extravagantes, cheios de enfeites, coisa que Sasuke não achava tão bonito.
O mesmo usava uma máscara que cobria apenas metade do seu rosto e um terno preto que ficava perfeito em seu corpo.
Assim que entrou na pequena fila dos convidados de honra, achou uma breguice ao ver que teria que descer uma grande escada enquanto um homem qualquer que trabalhava na mansão falava seu nome como nos contos infantis de princesas.
Quando chegou sua vez, ele olhou para o homem com uma feição não tão agradável.

—Nome?– perguntou o homem ruivo enquanto segurava o microfone na mão.

—Usui Tokima– Sasuke odiou aquele nome com todas as suas forças.

—Certo...– disse enquanto folheava as páginas até encontrar o nome do mesmo– Pode dirigir-se ao salão, mas caso queira subir no segundo andar onde ficam as bebidas mais caras, use o elevador.

—Onde está...– foi interrompido por si mesmo ao ver que o homem estava lhe ignorando.

Ele suspirou enquanto descia as escadas o mais rápido possível. Seu objetivo era encontrar a assassina infiltrada. Queria eliminá-la primeiro antes de acabar com o alvo principal.
Para agir mais "naturalmente" ele resolveu pegar uma taça de vinho e observar atentamente cada pessoa daquele salão.
Haviam algumas mulheres lhe encarando sem nem ao menos disfarçar. Eram mulheres de alta classe, mas não faziam nem se quer um pouco do seu tipo.
Haviam violinistas e outros músicos profissionais tocando em um pequeno palco que haviam montado no canto do salão. Ele tinha que concordar que tudo aquilo estava muito bem planejado.
Sasuke estava pensativo enquanto procurava pela mulher, era difícil encontrar assassinas em missões tão importantes como aquelas. Talvez a organização inimiga fosse tão pobre de assassinos que acabaram mandando uma mulher qualquer para a missão.
Ele sorriu discretamente depois de beber um gole de vinho ao pensar que seria patético competir com uma mulher.
Sua atenção acabou sendo tomada quando ouviu o homem anunciar uma nova convidada de honra.

—Kagura Shinomi, mais uma convidada de honra que poderá subir até o segundo andar e se juntar a Hidan– o homem falava de um jeito entediado, parecia não querer estar ali.

Sasuke acabou se surpreendendo com aquela mulher, talvez ela fosse a mais bela que viu no baile. Seu vestido azul marcava as suas curvas perfeitas, o mesmo não era enfeitado com jóias e baboseiras, ele era liso e só havia um rendado na parte que ligava ao seu pescoço, era perfeito. A máscara que ela usava se assemelhava muito com uma borboleta, era da cor de seu vestido. Suas mãos estavam cobertas pelas suas luvas pretas que chegavam um pouco abaixo da linha de seu cotovelo. E por fim, seu cabelo estava preso em um coque em uma fita azul.
As mulheres encaravam a morena com a inveja estampada no olhar. Os seus parceiros estavam a olhando como se ela fosse a presa e eles os próprios caçadores.

—Foco, Sasuke– disse enquanto desviava o olhar para continuar com sua missão.

A música tocava e Sasuke andava pelo meio do salão onde alguns casais estavam se juntando para começarem a dançar.
A elegância das danças mantinha-se no ar enquanto Hinata andava apressadamente em busca do outro assassino que estava naquele local.
Hinata não gostava de lugares agitados, sempre acabava ficando com um mal-estar. Logo teve que parar de andar por alguns minutos e ir em direção de uma das grandes janelas do lugar para que pudesse tomar um ar fresco.
Justo no seu aniversário tinha que passar por uma missão tão complexa. Talvez seu azar fosse mil vezes maior que sua sorte.
A Lua estava cheia, ela observava o satélite com brilho no olhar. As pessoas costumavam dizer que seus olhos se pareciam muito com o luar.
Depois de alguns minutos só, acabou sentindo alguém se aproximar até seu lado.