6. The invitation

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Tudo é loucura ou sonho no começo. Nada que o homem fez no mundo teve início de outra maneira – mas já tantos sonhos se realizaram, que não temos o direito de duvidar de nenhum. ~ Autor desconhecido.

Kara POV

Fico lendo e relendo aquela simples mensagem.

“Não tenho resposta para está pergunta.”

Como assim “não tenho resposta para essa pergunta”? Ela sabe que foi uma mulher quem a criou, então ela deveria saber quem era, não é mesmo?!

Começo a pensar nos últimos dias sobre as conversar com Lena Lucas. A IA era engraçada e por vezes cara de pau. Tudo bem que eu escolhi esse estilo de pessoa quando eu fiz meu cadastro, mas pensando agora não era nem por isso que eu continuava a utilizar a app mesmo já tendo terminado a minha matéria.

E hoje, tendo por algum motivo encontrado a verdadeira dona da foto do perfil eu me senti estranha. Lena era tão linda quanto aparentava na foto. E mesmo sendo uma pessoa super reservada ela era gentil.

Conversarmos por alguns minutos e ela conseguiu esclarecer todas as minhas duvidas sobre a misteriosa Luthor. Eu entendia ela, sabia como a mídia poderia ser cruel com uma mulher. E também entendia como era ruim perder sua privacidade, por isso resolvi guardar para mim sobre o nosso encontro.

Se alguém sonhasse que eu sabia a verdadeira identidade da mulher mais misteriosa da cidade eu não teria paz e provavelmente minha amada chefe colocaria meu cargo em jogo se soubesse desse acaso do destino.

Me jogo no sofá e ligo televisão, coloquei em um documentário aleatório enquanto ficava pensando em um par de olhos azuis encantadores. Só de pensar que na segunda eu a veria novamente meu coração acelerava sem dó.

Lena era tão diferente de tudo o que eu havia imaginado para ela por ser ausente na mídia, aquela imagem de antissocial egoísta já havia se dissipado da minha cabeça, e agora me restava a imagem de uma pessoa gentil, com um sorriso maravilhoso, um corpo tão...

– Por Rao, que não seja o que eu estou pensando.... – Sussurrei frustrada.

– Falando sozinha irmãzinha? – em questão de segundos me vejo no chão da sala com dor nas costas.

– Isso não tem graça Alex. – me levanto massageando o local da pancada. – O que faz aqui?

– Eu também estou feliz em te ver Kara. A propósito eu estou ótima. Obrigada por perguntar. – bufo indignada, odeio as ironias da Alex.

– Digo o mesmo. – desligo a tv e me sento olhando para Alex.

– Eu só vim te visitar. – ela da de ombros. – Tô de folga pela manhã e estava entediada em casa.

– Você está sempre entediada.

– Isso é porque não tem nada de interessante acontecendo nessa cidade. – ela se joga na poltrona frustrada.

– Levando em conta seu trabalho. Isso não é bom? – vou até a geladeira pego um pote de sorvete e uma colher e entrego pra minha irmã.

– Para cidade? Sim é ótimo. – ela enche uma colher com o doce e enfia na boca. – Mas para mim não.

– Você é muito estranha, deveria arrumar uma namorada.

– Posso dizer o mesmo. – jogo uma almofada nela que consegue pegar com uma única mão. – Boa tentativa. – ela joga o objeto de volta acertando em cheio na minha cara. – Pensa rápido.

– Você tem que dizer isso antes. – Arrumo meu óculos que por sorte não quebrou.

– Ops.

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