Tudo é loucura ou sonho no começo. Nada que o homem fez no mundo teve início de outra maneira – mas já tantos sonhos se realizaram, que não temos o direito de duvidar de nenhum. ~ Autor desconhecido.
Kara POV
Fico lendo e relendo aquela simples mensagem.
“Não tenho resposta para está pergunta.”
Como assim “não tenho resposta para essa pergunta”? Ela sabe que foi uma mulher quem a criou, então ela deveria saber quem era, não é mesmo?!
Começo a pensar nos últimos dias sobre as conversar com Lena Lucas. A IA era engraçada e por vezes cara de pau. Tudo bem que eu escolhi esse estilo de pessoa quando eu fiz meu cadastro, mas pensando agora não era nem por isso que eu continuava a utilizar a app mesmo já tendo terminado a minha matéria.
E hoje, tendo por algum motivo encontrado a verdadeira dona da foto do perfil eu me senti estranha. Lena era tão linda quanto aparentava na foto. E mesmo sendo uma pessoa super reservada ela era gentil.
Conversarmos por alguns minutos e ela conseguiu esclarecer todas as minhas duvidas sobre a misteriosa Luthor. Eu entendia ela, sabia como a mídia poderia ser cruel com uma mulher. E também entendia como era ruim perder sua privacidade, por isso resolvi guardar para mim sobre o nosso encontro.
Se alguém sonhasse que eu sabia a verdadeira identidade da mulher mais misteriosa da cidade eu não teria paz e provavelmente minha amada chefe colocaria meu cargo em jogo se soubesse desse acaso do destino.
Me jogo no sofá e ligo televisão, coloquei em um documentário aleatório enquanto ficava pensando em um par de olhos azuis encantadores. Só de pensar que na segunda eu a veria novamente meu coração acelerava sem dó.
Lena era tão diferente de tudo o que eu havia imaginado para ela por ser ausente na mídia, aquela imagem de antissocial egoísta já havia se dissipado da minha cabeça, e agora me restava a imagem de uma pessoa gentil, com um sorriso maravilhoso, um corpo tão...
– Por Rao, que não seja o que eu estou pensando.... – Sussurrei frustrada.
– Falando sozinha irmãzinha? – em questão de segundos me vejo no chão da sala com dor nas costas.
– Isso não tem graça Alex. – me levanto massageando o local da pancada. – O que faz aqui?
– Eu também estou feliz em te ver Kara. A propósito eu estou ótima. Obrigada por perguntar. – bufo indignada, odeio as ironias da Alex.
– Digo o mesmo. – desligo a tv e me sento olhando para Alex.
– Eu só vim te visitar. – ela da de ombros. – Tô de folga pela manhã e estava entediada em casa.
– Você está sempre entediada.
– Isso é porque não tem nada de interessante acontecendo nessa cidade. – ela se joga na poltrona frustrada.
– Levando em conta seu trabalho. Isso não é bom? – vou até a geladeira pego um pote de sorvete e uma colher e entrego pra minha irmã.
– Para cidade? Sim é ótimo. – ela enche uma colher com o doce e enfia na boca. – Mas para mim não.
– Você é muito estranha, deveria arrumar uma namorada.
– Posso dizer o mesmo. – jogo uma almofada nela que consegue pegar com uma única mão. – Boa tentativa. – ela joga o objeto de volta acertando em cheio na minha cara. – Pensa rápido.
– Você tem que dizer isso antes. – Arrumo meu óculos que por sorte não quebrou.
– Ops.
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Virtual Love
FanfictionUniverso paralelo onde Lena desenvolve um aplicativo e as coisas saem de seu controle. Kara é a repórter encarregada de testar o aplicativo e acaba se apaixonando por uma inteligência artificial (ou quase isso).