CHRISTMAS LOVE ⋄ corbyn besson

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JULIE CONNON
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Respiro fundo apertando meus braços ao redor do meu corpo enquanto ando pela estrada coberta de neve, talvez tenha sido má ideia sair de casa nesse frio, mas eu precisava comprar uma revista em quadrinhos que havia acabado de chegar na livraria.

Minha mãe era simplesmente viciada em HQs, não que eu fosse diferente, mas a coleção de livros dela era imensa e eu sabia que conseguir a edição de 1996 de colecionador, seria o presente perfeito de natal.

Passei pelo parque da cidade vizinha de onde eu morava, onde as crianças estavam andando de trenó e automaticamente me lembrei de meu avô que me levava para fazer isso todo ano na véspera de natal quando eu era pequena.

Infelizmente conforme eu fui crescendo ele foi ficando doente e frágil, isso é uma das razões de eu quase não sair de casa, tenho medo de um dia sair e quando voltar, ele não estar mais lá.

Tem sido difícil desde que meu pai foi embora, minha mãe fazia plantões por horas seguidas e conseguimos nos estabelecer, mas não era a mesma coisa, ainda assim nossa família era feliz, não tínhamos tudo, mas tínhamos o que precisávamos.

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CORBYN BESSON
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Eu honestamente não sei onde estava com a cabeça quando entrei em um trem logo depois de acordar no hotel .

Eu havia decidido passar meu fim de ano na Inglaterra, em cidades pequenas, mais necessariamente em um lugar chamado Sunderland, a cidade me parecia um bom lugar para poder me desligar do mundo e apenas andar.

E quando eu acordei, quis fazer coisas que não estou acostumado mais, como simplesmente parar em uma lanchonete e comer waffles com mel e tomar chocolate quente, então na loucura eu comprei uma passagem de trem, sem nem perguntar o destino e quando vi, eu estava descendo e subindo por várias estações, sempre indo mais longe.

Mas a ideia não me pareceu tão boa quando eu entrei no trem, sabendo que em lugar nenhum havia trajeto de volta no mesmo dia, pelo menos não que fossem durante o dia. Eu estava ferrado? Com certeza.

Até agora ninguém havia me reconhecido, o que eu dei graças a Deus pelo descanso de não precisar ficar sorrindo ou ouvir gritos por todos os lados.

Eu amava fazer shows, mas tomava muito de mim.

Subi no trem novamente, após descobrir que eu estava indo parar em um lugar chamado Durham, um lugar pequeno mas, de acordo com a senhora na estação, muito aconchegante.

Caminhei distraído olhando para a neve do lado de fora do trem e acabei trombando com alguém.

－Me desculpa.－Peço olhando a garota que abre a boca parecendo me reconhecer mas não fala nada, então sigo pelo caminho até ouvir ela me chamar.

－Com licença!－Fecho os olhos e respiro fundo me virando para ela.

－Olha, agora não, tudo bem? Eu estou tentando ser discreto, então...－Peço quando vejo ela me encarar parada no mesmo lugar, enquanto falo baixo e ando até ela novamente.

－Não ligo, mas você deixou cair isso aqui.－Então ela levanta a mão, mostrando minha carteira para mim.

－Ah..me desculpa.－Sorrio sem graça pegando a carteira da mão dela.

－Você pode até ser famoso, mas eu não sou do tipo que se joga em cima de alguém só por isso.－Ela diz, me fazendo travar e então me dá as costas, caminhando até o último banco do vagão.

Me sinto mal pelo que eu fiz, é que se tornou tão comum as pessoas me verem na rua e quererem fotos que é raro encontrar alguém que me reconheça mas não quer.

Me sento no banco livre do trem e olho a garota que segura um livro do outro lado do trem. Ela é bonita, seus cabelos cacheados fazem volume por baixo de seu gorro cinza e ela tem um sorriso simples nos lábios, enquanto olha cada canto do livro.

Ela é com certeza uma das pessoas mais lindas que já vi.

❆⠢⠜⠑⠒⠢⠖❃

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1° edição: 25 de dezembro de 2019
2° edição: 31 de outubro de 2020
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