|Capítulo 05|

7K 1K 113
                                    

Olá!  Alguém perguntou quais os dias de postagem. Excepcionalmente, porque estou de férias, estou escrevendo e postando a medida em que fica pronto! Logo, por agora, a qualquer momento. 

|C L A I R E   F O S T E R|

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

|C L A I R E   F O S T E R|

Eu tinha amado muitas coisas em Tristan Gallagher, mas, sobretudo, esse olhar. Quando ele me olhava tão intensamente e fazia toda a confusão dar lugar às certezas que apenas ele sabia que eu tinha.

Era sua vivacidade que eu amava e, apesar da dor, eu ainda vejo isso nele.

— Claire Foster, você sempre soube me desvendar como ninguém. Mas, por favor, pare de me olhar assim ou eu, definitivamente, farei uma besteira.

— Droga! Eu fui tapeada — disse, em tom de brincadeira. — Achei que você tinha crescido, Gallagher.

Ele deu aquela risada gostosa que fez seus cabelos ficarem bagunçados com o movimento. Então, agarrou minha mão e seguimos para os trailers.

A primeira vez que eu soube que sentia algo por Tristan, eu tinha quinze anos. Meu corpo estava me enlouquecendo, e eu não entendia absolutamente nada do que estava acontecendo comigo. Eu tinha crescido sem mãe, o mais perto de um programa de mulheres que eu havia tido era Mary Gallagher me falando de onde vinham os bebês.

Meu Deus, que vergonha!

Mary também tinha estado lá quando fiquei menstruada pela primeira vez. Meu pai ficara tão assustado por me ver sangrando que chamou a primeira mulher que lhe veio à mente. Para minha sorte ou azar, ela era a mãe de Tristan, meu melhor amigo.

Eu não apareci na escola por uma semana e, só deixei o quarto quando Tristan atirou tantas pedras na minha janela que meu pai berrou alto para ir conversar com o garoto.

Com quinze anos, quando Tris segurou apertado minha mão, eu senti pequenos arrepios sobre minha pele. De repente, era como se meu corpo fosse um daqueles maquinários antigos que ninguém ligava e do nada era conectado a alguma fonte de energia. Era o click perfeito. Eu nunca lhe disse nada. Só assisti tudo ir crescendo mais intensamente do que podia controlar.

— Levante um pouquinho mais a blusa para a tia. — A menina de sete anos olhou para o estetoscópio com tubos cor de rosa pendurado no meu pescoço. — Não vai doer, não se preocupe. Você sabia que o seu coração tem uma música muito bonita?

Ela acena que não, visivelmente preocupada com o aparelho.

— Eu vou ouvir um pouquinho e depois eu a deixo ouvir também, o que acha? — Letti não se opôs, ela se chamava Letícia, mas, a mãe se chamava Letti e ela queria ser como a mamãe quando crescesse. Por isso me explicou isso direitinho quando começamos. Ninguém deveria subestimar uma criança.

Letti adorou ouvir seu próprio coração, era realmente uma música maravilhosa.

Eu examinei mais duas meninas, quatro e doze anos. Uma delas parecia estar começando a manifestar sintomas de anemia, felizmente, prevenido, Tristan tinha consigo fármacos para isso também. Foram muitas recomendações que os pais prometeram seguir à risca.

Tristan: Rendidos por amor - Livro 3 - CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora