|Capítulo 16|

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|T R I S T A N   G A L L A G H E R|

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— Certa vez, papai e eu saímos para caçar. Ele sempre havia dito que a caça por esporte era um erro, era um crime, mas, eu insistia que queria fazer aquilo e ele foi comigo. Nós vimos um cervo apenas alguns minutos depois de entrar na floresta. Eu fiquei todo empolgado — Lucian sorri ao contar, embora a dor seja tão evidente nele. — Mas, parece que alguém teve a mesma ideia que a gente, então, naquela noite, antes de qualquer grupo atingir o cervo, papai atirou para o alto e o fez correr campina a fora.

Grandes risadas cortaram a massa de ar do salão funerário.

— Robert declarou a prisão daquele grupo, citou seus direitos enquanto os obrigou a ficar em suas cuecas em pleno fim do outono. Eles dormiram uma noite na cela do Departamento e no dia seguinte forma liberados. Papai era o homem que fazia o necessário. Se estão aqui hoje, ele certamente marcou cada um de vocês, por isso, ele jamais morrerá.

As cidades do condado compareceram em peso. Nós o velamos numa manhã de outono, mas, estava tão fria que parecia inverno. Depois, quando a tarde chegou, cinzenta e escura, nos reunimos no cemitério, antigo northwest park, e choramos pelo grande homem que ele foi.

Robert Gallagher foi inspiração durante anos, então, se tornou um fantasma, preso atrás de muros físicos e mentais. Agora, ele finalmente se junta aos espíritos ancestrais que tanto amava.

Tornando-se uma lembrança jamais esquecida.

— Ei... — Quando voltamos para casa naquele começo de tarde, uma garoa suave começou a cair. — Seu pai dizia que o café tem o poder de melhorar o dia de alguém.

Claire levou a caneca aos lábios antes de oferecê-la a mim.

— Eu acho que ele estava certo — disse quando tentei mostrar meu melhor sorriso. Sua mão vem até meu braço, afagando-o.

A dor ainda não passou, mas, as coisas estão mais calmas dentro do meu peito. Claire se aproxima um pouco mais e eu deixo a caneca sobre a mesa ao lado. Ela fica na ponta dos pés e tenta tocar meu rosto com o seu.

Suas mãos se entrelaçam atrás do meu pescoço e as minhas em torno da cintura dela. Nossos corpos se encaixam e logo nossas bocas também o fazem.

— Mamãe?

Claire se afastou rapidamente de mim. Nossos olhos encontrando as lágrimas nas bordas dos olhos da criança que nos enfrentava com aparentemente raiva.

— Filho... — Então, ele correu se afastando dela.

Claire, claro, tentou ir atrás dele. Peguei sua mão antes disso.

— Deixe-me falar com ele. — Havia tristeza em seu olhar. Mas, acabou assentindo.

Oliver e eu tínhamos desenvolvido uma relação pacífica ao longo desses dias. Ele era um menino carente, saudoso de um pai. Tinha sofrido muito para a idade que tem. Por isso, eu estava indo com calma.

Tristan: Rendidos por amor - Livro 3 - CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora