Fazia dois dias que Jeon havia parado de visitar Jimin em seu quarto, ou esbarrar com ele pelos corredores. Na verdade, desde a noite em que seu sequestrador o havia feito assinar aquele contrato, nunca mais se viram.
Tinha sua permissão para ir até o banheiro ou ir na biblioteca que ficava ao final de seu corredor. Não podia descer até o primeiro andar ou explorar mais do que os cômodos estipulados por JungKook, ou melhor, seu daddy.
Achava aquilo a coisa mais idiota do universo. Como um jovem adulto como ele poderia se prestar ao papel de chamar alguém, possivelmente mais velho do que ele, de baby? Já havia ouvido falar de infantilismo antes, mas isso era loucura. Sequestrar um estranho e obrigá-lo a assinar um termo de regras sobre seu fetiche estranho.
- Nojento...
Bufou, recostando-se novamente na parede. Por quanto tempo aguentaria aquele cárcere? Só havia se passado três dias e já não estava aguentando. Será que ninguém sentira sua falta? Nenhum colega da faculdade? Sua família não ficaria sabendo tão cedo, afinal, moravam em Busan e estava morando sozinho em Seoul. Queria chorar, estava sozinho.
Se fugisse seria com certeza pego, e as coisas não ficariam nada boas para ele. Aquele homem, ou garoto, soava como um psicopata e não gostaria de provar suas punições. Com um pai como aquele não tinha como ele ser alguém normal. Com certeza faltavam parafusos na sua cabeça.
Ah, merda! O pai dele.
Já havia se esquecido do energúmeno que o havia comprado e trazido para esta prisão. Havia se esquecido, principalmente, da ameaça de um dia abusar dele caso o Jeon mais novo se cansasse. Agora era uma questão de sobrevivência, precisaria usar sua esperteza a seu favor. Se manter longe daquele velho é sua prioridade, afinal, JungKook parecia ser de todos os males, o menor.
Subitamente três batidas ecoaram no cômodo e Jimin virou-se pra porta. Deu permissão baixo o suficiente para que ouvisse as próprias palavras e avistou Jeon entrar no cômodo. Ele parecia...neutro.
- Tem se comportado? - Perguntou, com uma leve superioridade. Jimin assentiu à contragosto. - Ótimo.
Jimin só então notou a muda de roupas na mão de Jeon e, curioso, ficou olhando-a. JungKook então prosseguiu:
- Como tem se comportado resolvi te dar uma recompensa. - Enfiou a mão no bolso da calça e de lá retirou um cartão. - Vamos fazer compras hoje. Você está precisando de um novo guarda-roupa. Tome um banho e vista essa roupa. Estarei esperando lá embaixo.
Jimin assentiu, mas dessa vez recebeu um olhar de reprovação. Soltou uma lufada de ar imperceptível.
- Sim, daddy.
(...)
Dentro do carro, Jimin ainda tentava entender o que estava acontecendo. Seu sequestrador, que o havia posto em cárcere por exatamente três dias, agora estava o levando ao shopping como uma pessoa normal. Não sabia se o considerava relaxado demais ou aterrorizante a ponto de ter tudo controlado a sua volta. Talvez fosse um teste, talvez quisesse testá-lo para depois capturá-lo e puni-lo.
Seria ele tão sádico quanto o pai? Será que aquele outro garoto do porta-retratos foi comprado também? E o que aconteceu com ele? Provavelmente JungKook se cansou dele e o deu para seu pai.
Não. Não. Não. Vou acabar assim?
- Ei.
Olhou para Jeon, enfim saindo de seu transe.
- Você está bem? Está hiperventilando.
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Daddy's BabyBoy 》PjmJjk
Fiksi PenggemarLeiloado em uma das boates obscuras de Seoul, Park Jimin é vendido para a família Jeon. Esperançoso de que ainda consiga fugir e retomar sua vida normal, ele está disposto à encontrar uma forma de escapar, mas para isso terá de acatar as ordens de s...