13

40.8K 3.2K 1.8K
                                    

Freitas 🎭

Sentir que tu tá morrendo não era nem de perto a melhor sensação da vida, eu tava perdendo tudo já e até desmaiei, achando que finalmente o bagulho tinha caído pra mim, mas não.

Barbie: Tempo passa e eu não aguento mais, meus pensamentos só tiram minha paz...- Acordei escutando ela cantando, enquanto sentia a mão dela no meu braço.

Freitas: Você não cansa, não é? - Falei vendo que eu estava amarrando numa cadeira e ela sentada no chão, fazendo um curativo no meu pulso e em volta, tinha várias coisas de socorro.

Barbie: Eu devo ser fraco demais, fui fraco demais...- Continuo cantando baixinho e eu sentei uma dor insuportável, gritando alto.

Ela pegou algum comprimido e colocou na minha boca, me dando água em seguida, voltando a passar algo no meu braço.

Freitas: O aborto...- Ela parou de movimentar as mãos, mas não me olhou.- Tem muito haver com o que tu é hoje, não é?

Barbie: Como você sabe? - Continuou sem me olhar.

Freitas: Diogo drogado conseguiu soltar muitas informações importantes.- Falei vendo ela se levantar.

Barbie: Quando você pegou ele? - Me encarou.

Freitas: Ele tava no hospital com a avó, tadinha quase morrendo..- Falei em deboche, esperando ela revidar de maneira agressiva, o que aconteceu com um soco na minha boca.

Barbie: Não abre a boca pra falar dela.- Falou com raiva e pegou meu celular na bancada.

Me contentei com aquilo, ela provavelmente descobriu aonde ele estava e saiu da minha vista, voltou com várias algemas em mãos e eu respirei fundo ela prendeu meus braços e pernas, me encarou antes de sair e saiu batendo a porta.

Fiquei marolando ali, tentando achar outras soluções pra essa mulher, não era possível um aborto na vida dela ter feito ela se transformar no que ela hoje, porque pela maneira que aquele garoto drogado falou, ela era uma filha da puta com qualquer um e isso tinha que ter motivos.

Barbie 👸🏼

Era incrível a forma que tudo pareceu voltar no tempo, cada momento ruim da minha vida parecia ter ser juntado e parado na minha mente.

Fui até o galpão abandonada aonde o Gd tava e encontrei ele no chão, enquanto tentava se soltar.

Gd: O que tu tá fazendo aqui? - A voz dele saiu por um fio, tava rouco e com o corpo todo machucado.

Sim, ele estava só de cueca e seu corpo todo roxo e vermelho, fora alguns lugares com sangue seco.

Barbie: Quer acabar com a dor de uma vez ou prefere lentamente? - Peguei uma faca que estava ali em cima, suja de sangue.

Gd: Vai me matar? - Falou indiferente e eu ignorei, soltando as cordas.

Fui até a mesa e peguei o celular dele, observei ele caindo no chão sem forças pra se levantar e me agachei do seu lado, segurando ele.

Barbie: Consegue fazer mínimo esforço pra andar? - Falei olhando ele negar.- Pede pro Rdg vim te buscar, a gente tá no galpão da zona norte, o 22.

Gd: O que tá acontecendo contigo? Tu é escrota, mas não dessa forma.- Sussurou.

Encarei o Diogo e acabei perdendo dez por cento da minha força, caí sentada no chão encarando ele e ele me olhou sem entender.

Barbie: Eu não aguento mais carregar tudo nas costas.- Sussurei olhando pros olhos dele.- Acho que cheguei ao meu ápice.

Gd: Foi mal, mas eu não tô aqui pra te escutar.- Falou com total deboche.- Não sou psicológico pra ouvir teus caô.

Eu sorri largamente pra ele sentindo meu peito doer por dentro e ele colocou o celular no ouvido, eu sabia que ele fez de propósito. Ele trocou algumas palavras no telefone e sem demorar, Rdg chegou com vários homens.

Eu pareci invisível, eles apenas me olharam uma única vez, Rdg conversou um pouco com o Gd e saíram tirando ele no colo, após isso, fecharam a porta do galpão deixando apenas encostada e eu me encolhi no chão.

A LibertinaOnde histórias criam vida. Descubra agora