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MARATONA 6/7

Rdg 💸

Abrir a porta de casa preparado pro porradão, mulher é tão foda que antes de você ver, já sabe que se fudeu, elas têm uma forma de avisar os bagulhos.

Rdg: Tem haver isso aí que tu tá pensando? - Ela nem me olhou.- Caralho mano, tu é chata demais.

Vic: Eu fiz merda.- Sussurou e eu já mudei minha postura.- Eu fiz muita merda.

Rdg: Eita que o bagulho ficou brabo, qual foi desse papo aí? - Olhei sem entender me chegando perto dela.

Vic: Acho que eu tenho total culpa. Quando você tava um pouco distante te mim, eu tentei procurar a melhor maneira de não deixar você se afastar de mim.- Abrir maior olhão.

Rdg: Tu não fez macumba não né, cara? - Ela me olhou sem graça.

Vic: Eu tô grávida, grávida! Porra, eu deixei de me cuidar de propósito, não sei o que aconteceu mas por dois minutos eu deixei achar que um filho nos aproximaria mais.- Continuei sem reação.

Rdg: Você não fez isso, meu amor.- Falei calmo, fechando os olhos pra respirar fundo e escutei ela chorando.- Criança não, cara.

Vic: Eu tô grávida, eu tentei...- Não terminou a frase.

Encarei ela de perto vendo ela chorando nas pernas dela uma folha de exame. Me levantei na calmaria e quando ela me olhou pra falar, escutei  barulho de tiro.

Deixei ela sentada na sala e fui no quarto, coloquei o colete e peguei minhas armas, mas quando eu fui falar com ela, ela me empurrou.

Não entendi, nem fui atrás disso porque não tinha nem motivo, eu que deveria tá bolado, mas as vezes Victoria gostava de um drama e comigo nunca dava certo, porque eu não tinha paciência.

Saí correndo e falando no raidinho, mandando protegerem o local de tortura do Freitas e respirei fundo, descendo o morro e indo bater de frente, era só os alemão achando do meu morro vai conseguir alguma coisa.

⏰⏰⏰

Tava subindo o morro cansadão pra caralho, cheio de sangue seco pelo corpo e uns cortes nas pernas, tinha sido a porra de um corre grande.

Quando passei pela praça, observei a Bruna parada olhando pra alguém no chão e acabei vendo o marido dela. Ela não tinha nenhuma reação, quando levantou a cabeça e me viu, continuou na mesma, não sabia se tava feliz ou triste.

Eu ficaria feliz, sem caô nenhum. Todo mundo já sabia que ele machucava ela, mas ela tinha chance de sair do relacionamento e não saia porque não queria, ninguém podia pegar na mão dela e obrigar ela a sair.

Voltei pra casa sem parar em lugar nenhum, vendo a Victoria dormindo no quarto já, não rendi e nem fui atrás, apenas fiquei relendo o papel do exame sem acreditar, era uma merda.

A LibertinaOnde histórias criam vida. Descubra agora