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Barbie 👸🏼

Me sentei no sofá mole, admito que tava até sem nem rumo, Fogueta tava deitado no chão com os olhos fechados, mas não deixava de ter um sorriso sacana pequeno, como sempre.

Deitei no sofá arrastando uma das blusas que estavam no chão e joguei por cima do meu corpo, passando a mão no rosto e fechando os olhos.

Não consegui dormir e me levantei coçando a cabeça, peguei minha calcinha e coloquei a tal blusa, que era do menino aqui, abrir a porta e vi que não tinha ninguém por perto, ou pelo menos na minha vista.

Fui caminhando até o mar, já tava de manhãzinha mesmo e o céu tava lindo, molhei meus pés e amarrei meu cabelo, enquanto olhava pro mar quietinha.

Fogueta: Te desafio a ir lá no fundo e me de dizer se tá fundo mermo.- Me assustei com a voz dele e eu fiz careta olhando pra ele.

Barbie: Tá, daí você pode pegar aquela pedra e bater na sua cabeça e me dizer se dói ou não? - Falei sugestiva.

Fogueta: Bora fluir, pô. Me conta teus papos aí, dos bagulhos da tua vida! - Eu olhei pra ele com deboche e sorri, negando.- Posso falar o que eu acho de tu?

Barbie: Faz se eu não gostar, posso te matar afogado? - Ele me puxou e sentou na areia, cruzei as pernas e ele deu os ombros.

Fogueta: Aquelas coisas, tu teve uma infância ruim e cresceu na revolta, mandei o papo? - Neguei.

Barbie: Infância normal, vida normal. O que faz você falar com certeza como se fosse dizendo que qualquer pessoa que teve uma infância ruim, vai se voltar pro tráfico? - Ele sorriu de lado.

Fogueta: Porque pra mim, tu deveria tá em outro rumo de vida.- Olhei com deboche.- Não garota, não por ser mulher. Mas consigo olhar pra tu e ver tu conquistando o mundo.

Barbie: Você conseguiu sentir isso quando tava me fodendo? Isso que eu chamo de energia.- Dei um murro no braço dele.

Fogueta: Também usa deboche e a frieza como forma de se defender.- Piscou e olhou pra frente, fiquei calada olhando pra ele e após um tempo neguei, sorrindo de lado.

Barbie: Deixa eu ver a sua. Aquelas coisas, tu teve uma infância ruim e cresceu na revolta, mandei o papo? - Ele semicerrou os olhos.

Fogueta: Coe, mandou menorzinha.- Eu neguei com a cabeça.- Nem tive infância né, bagulho era morar num lixão.

Fiquei calada sem ter o que falar e ele balançou a cabeça se levantando, Fogueta bateu em mim e puxou balançando a cabeça pro mar. Amarrei a blusa dele mais em cima e ajeitei minha calcinha, ele entrou na frente e eu fui mais atrás, água tava geladinha, próspera pra matar alguém congelado. Ele me puxou e eu tremi cheia de frio fazendo ele rir, tentei me afastar mais, porém ele segurou minha cintura sarrando em mim e me beijando, enquanto eu não sabia se corria da água ou dele.

A LibertinaOnde histórias criam vida. Descubra agora