MORE THAN BROTHERS, nofya fanfiction [✓]

08

NOAH

AVISO: ESSE CAPÍTULO CONTÉM
CENAS DE SEXO EXPLÍCITO

Nenhum de nós diz nada quando chegamos em casa. Sofya retira os tênis com dificuldade e caminha na direção da cozinha, o que não sei interpretar muito bem. Normalmente, quando eu ficava com uma garota e a levava pra casa, nós subíamos pro quarto sem dizer nada e então transávamos.

Mas não quero esse tipo de relação com a Sofya. Porque sei que, se transarmos, iremos manter um lance casual. Uma espécie de amizade colorida. Sexo sem compromisso quando tivermos vontade.

Isso é bom, porque significa que não precisamos ir atrás de alguém quando sentirmos vontade.

Mas, pra que isso dê certo, preciso conhecê-la melhor. E é por essa razão que ando em direção a cozinha logo em seguida, vendo ela bebendo uma água da garrafa. Cruzo os braços, me encostando no batente da porta enquanto a analiso com cautela.

─ Vamos estipular algumas regras ou algo do tipo? ─ pergunto assim que ela me olha por cima do ombro. O cabelo de Sofya está grande e cai até a curva de sua bunda.

─ Pela primeira vez, tenho que concordar que seria bom conversarmos a respeito.

─ Certo. Quer dar alguma sugestão?

─ Primeiramente, esse lance é casual e ninguém pode saber. Todos acham que somos irmãos de verdade e, se uma pessoa souber, estaremos mortos.

─ Concordo.

─ Segundo, não quero que nos envolvamos com mais ninguém enquanto isso rolar ─ ela aponta para nós dois. ─ Se quiser transar com outra garota é só avisar que paramos com isso.

─ Certo ─ afirmo com a cabeça, mantendo o olhar em Sofya. ─ posso fazer uma pergunta?

─ Pode.

─ Com quantos caras você já transou?

Ela não parece ofendida e nem surpresa, mas ainda assim demora uns segundos para responder.

─ Cinco. Meu vizinho, com quem perdi a virgindade, um namorado que tive e alguns caras que eu conhecia no verão ─ ela ergue o queixo. ─ E você?

─ Nunca parei pra contar.

─ Se estiver falando sério sobre as garotas de Hartford, então chutaria umas Sessenta. Estou contando a nossa sala e o terceiro ano.

─ Então noventa. Transei com todas do segundo ano também.

─ Você não deixa de me surpreender ─ ela ironiza, caminhando até mim. Sofya para de andar quando chega no lado oposto da mesa que estou apoiado nesse momento. ─ quer estipular alguma regra também, mauricinho?

─ Acho que podemos fazer isso sempre que um dos dois sentir vontade. Em qualquer lugar.

─ Se não tiver risco de sermos pegos, eu concordo ─ Sofya confirma com a cabeça. Isso, de certa forma, me surpreende, mas não deixo transparecer. ─ Então, vamos começar?

─ Aqui? ─ arqueio as sobrancelhas ao abaixar o olhar pra mesa. Não é uma má ideia, mas ainda assim…

─ Vamos começar no meu quarto ─ ela abre um sorrisinho, passando por mim ao cruzar a mesa.