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SOFYA

Não sei ao certo em quantos brinquedos vamos, mas no fim de tudo tenho noção de que amo parque de diversões com todas as minhas forças. A energia contagiante desse lugar me faz sentir uma criança de novo, e em cada brinquedo que entramos Noah faz questão de segurar minha mão.

Diz ele que é pra não nos perdermos, mas o parque não está cheio, então sei que é só um pretexto pra não me soltar.

Nós vamos em todos os brinquedos, deixando a roda gigante para o final. Sentados no topo da roda, nós comemos o resto do algodão doce que compramos. O açúcar colorido se desfaz na boca.

O braço direito de Noah está sobre meu ombro, me abraçando com o rosto perto do meu quando ele come mais um pedaço. Quando sobra apenas o palito, Noah deixa que ele caia sem querer. Nós dois rimos, e é reconfortante saber que funcionamos bem juntos.

Não como irmãos. Com certeza não como irmãos.

Porque Noah tem razão em uma coisa: gosto da forma como ele olha pra mim quando estamos sozinhos. Antes eu o enojava por isso, mas agora as coisas mudaram entre nós. E, dormindo do outro lado do corredor, tenho noção de que as coisas entre nós sempre estiveram fadadas a ser algo mais do que uma relaçãozinha de irmãos.

─ Então ─ Noah molha o lábio inferior com a ponta da língua, e sinto algo sufocar na minha garganta quando olho pros seus lábios. ─ funcionamos bem essa noite, não acha?

─ Acho que funcionaremos ainda melhor quando chegarmos em casa ─ digo com convicção, e isso o faz sorrir.

─ Ah, é? E por que?

─ Porque nós dois sabemos o que pode acontecer.

Noah aproxima o rosto do meu, arqueando as sobrancelhas. Sua respiração bate contra meus lábios quando ergo o olhar com cautela para seu rosto.

─ O que vai acontecer, Sofya? ─ ele pergunta, mas sei que é somente para me ouvir falar.

─ Nós vamos subir pro meu quarto ─ digo, me esforçando para não ruborizar quando começo a narrar. ─ Você vai tirar minha blusa.

─ Vou ─ seus olhos ficam turvos, provavelmente imaginando a cena.

─ E aí eu vou tirar a sua blusa ─ continuo, falando com lentidão. Noah sorri torto, da forma como faz para derreter o coração de diversas garotas. ─ e então vou abaixar sua calça.

─ Vou tirar seu sutiã ─ ele garante, descendo os olhos pro meu peito sem nem ao menos tentar disfarçar. ─ e vou beijar cada um de seus seios. E então vamos pra cama. Você vai ficar no meu colo.

Eu abro um sorriso. Mas então me dou conta do que está acontecendo, e ele some do meu rosto.

Puta merda, estou pensando em transar com o filho da mulher do meu pai. O filho da minha madrasta. E, ah, meu Deus, eu quero fazer isso.

─ O que foi? ─ o sorriso de Noah some também ao me analisar. ─ O que você…

─ Isso é estranho ─ digo sem pensar, e então Noah parece ficar com vergonha de um segundo para o outro.

─ Falar sobre sexo no topo da roda gigante ou falar sobre sexo comigo?

─ Falar sobre sexo com você ─ digo com dificuldade, porque uma parte de mim não queria confessar isso. ─ Simon tentou nos aproximar para sermos irmãos. E, ah meu Deus, nós estamos pensando em transar.

─ Não somos irmãos de sangue ─ Noah fala rapidamente. Ele não tenta se distanciar ou se afastar de mim. ─ não é incesto. Não deveria ser estranho, nós dois queremos isso.

MORE THAN BROTHERS, nofya fanfiction  [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora