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NOAH

As últimas semanas de Novembro têm sido bem movimentadas. Provas, campeonatos e preparações pro baile de inverno. O fim do semestre está se aproximando e tanto eu quanto Sofya não tivemos tempo um para o outro, e nenhum de nós fez questão de cobrar por estarmos ocupados demais.

No entanto, hoje é ação de graças, e a mãe de Sofya resolveu organizar o jantar do feriado para nossa família. Não sei ao certo o que vestir, então coloquei um suéter por estar frio e uma calça jeans não muito justa. O caminho não é muito comprido, então chegamos em menos de vinte minutos.

Quando entramos em casa, Tatiana nos recebe com animação. Meus tios por parte de mãe se sentam junto de Wendy e eu me sento entre ela e Simon. Meus olhos vasculham o local em busca de Sofya, mas não a encontro na sala.

─ Ela está no quarto ─ Tatiana comenta em um tom baixo ao reparar meu olhar. ─ por que não vai chamá-la?

Simon se mexe de forma desconfortável na cadeira e lança um olhar mortal na minha direção. O clima entre nós ficou bem estranho depois de que Sofya e eu começamos a namorar, mas tenho evitado me importar com isso.

Me levanto da cadeira pedindo licença e sigo até às escadas, subindo de forma lenta e virando o corredor do segundo andar até o quarto dela. Dou algumas batidas, e Sofya abre a porta no mesmo instante.

Ela está com os fios loiros penteados para trás, com um tecido servindo em forma de tiara. Sua franja está penteada também, e seu cabelo parece levemente ondulado por conta do – suponho eu – babyliss.

Entretanto ela não está completamente vestida. O vestido vermelho justo que ela usa está aberto nas costas por causa do zíper, e ela se vira para trás para que eu o feche. Demoro alguns instantes observando suas costas nuas e sua nuca exposta assim que Sofya puxa o cabelo pro lado, pra não atrapalhar o fechamento do vestido.

─ Esperava ao menos que você me recebesse com um beijo ─ comento com certo humor, subindo o zíper e sentindo sua pele quente roçando contra meus dedos. Ela nem está usando sutiã, o que suponho que seja pelo vestido já ter bojo.

Assim que subo tudo, Sofya se vira e abre um sorrisinho pra mim. Meu coração dispara com o gesto, e logo suas mãos se entrelaçam em minha nuca para me beijar. Seus lábios são macios e quentes, e não tinha reparado o quanto precisava deles até sua boca se apertar contra a minha.

Minhas mãos seguram sua cintura, e Sofya sorri contra o beijo quando empurra meu corpo contra a parede. Eu inverto as posições, fazendo ela ficar entre a parede e eu. Subo seus braços e prendo suas mãos acima da cabeça enquanto minha língua desliza sobre a sua. Nossas bocas se movem uma contra a outra, e esse som que elas produzem quando entram em atrito me deixam inebriado.

Estou há uns quatorze dias sem vê-la direito. Nós nos encontramos nas aulas, nos treinos e nos sábados, mas ainda assim nada se compara ao fato de encontrá-la e beijá-la com tanta vontade e saudade que não há outra coisa que eu queira fazer nesse momento.

Sofya afasta o rosto do meu, me encara com seus olhos cinzentos e tempestuosos, então me beija novamente. Nossos lábios se devoram, e eu sinto uma vontade absurda de que o tempo parasse para que ficássemos aqui até que nosso pulmão doesse de falta de ar. Mas nós dois não podemos e, enquanto sua língua desliza contra a minha, meu coração erra uma batida. Não quero afastá-la, mas o faço mesmo assim, já que sei que Simon vai subir e nos matar caso não desçamos em cinco minutos.

─ Senti sua falta ─ sua testa descansa em meu peito, e solto suas mãos para abraçá-la. O corpo dela é pequeno, e quando ela se encolhe parece uma boneca. ─ Ainda bem que tudo isso está acabando.

MORE THAN BROTHERS, nofya fanfiction  [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora