🔥 História Completa e Finalizada 🔥
Um Conto De Natal Umbandista.
O maior presente de todos.
A história de um menino que veio para mudar tudo.
A história de outro menino que veio e se foi, deixando uma promessa a ser cumprida.
Amanda fechou a bíblia, de onde se baseou para contar a história aos pequenos, que a encheram de perguntas assim que terminou sua narrativa, especialmente sobre Papai Noel, que nem foi mencionado!
A moça explicou que a lenda do Bom Velhinho foi criada mais recentemente e, apesar de se basear em um santo de nome Nicolau, essa personificação foi explorada apenas para fins comerciais, o que não se encaixa na verdadeira proposta das festividades da Santa Natividade.
Todas as perguntas e curiosidades cessaram quando Dona Conceição, mãe de Amanda, apareceu na porta de acesso à cozinha, carregando uma bandeja com rabanadas. As crianças correram até ela,deixando o caminho para a moça fugir para junto do pai.
— Perdi minha aposta com o papai! Estou impressionada, Emmanuel... você veio mesmo! – Cumprimentou, ao seu modo, Amanda.
— Não tem fé nenhuma em mim, pelo que vejo...
— Eu não! Mas papai, sim!
— É, papai, sim! – Respondeu animado o Seu Jamil. — E por isso terei todas as minhas comidas preferidas até o Ano Novo, feitas pelas mãos de fada da minha filhinha cética!
— Se houver os ingredientes, pai! – Protestou Amanda, chateada por ter que passar uma semana pagando, diante do forno e fogão, a aposta que fez com o pai.
— Haverá! Não se preocupe com esse detalhe, filhinha! Agora, os jovens vão passear lá fora, pois tenho que ajudar a preparar mais das deliciosas rabanadas da Dona Ceição!
— Sobrou! – Amanda chiou, antes de se retirar correndo para dentro da cozinha, deixando Emmanuel sozinho.
Não se abalando por isso, saiu para a varandinha da casa, pois já estava se sentindo sufocado naquela sala. Ainda não se acostumou ao calor exagerado do Rio, e até já se flagrou com brotoejas, feito um bebê!
Olhou para o céu, tentando enxergar as estrelas, mas havia luz demais ali. Estremeceu quando a moça parou ao seu lado, sem que percebesse.
Ela sorria travessa, empurrando para ele uma garrafa long-neck de cerveja, esbranquiçada de tão gelada.
— Tome! Vai se sentir melhor! Vamos dar uma volta por aí, olhar a rua.
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