1 - Enfim, Empregado!!!!

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     Era uma quarta-feira ensolarada, estava eu entregando currículos em algumas escolas particulares. Senti meu celular vibrar no bolso, eu já estava muito cansado que nem dei atenção. Estava com fome, com sede, longe de casa, com apenas r$ 5 no bolso para pagar tarifa do ônibus.
     A minha vida tava de pior a pior, quando eu fiz faculdade de professor, não imaginei que seria tão difícil arranjar um emprego decente. Para falar a verdade nem bico eu estava conseguindo na minha área. Me sentia frustrado triste por não consegui um emprego na área pela qual passei anos estudando. Meu nome é Fábio, mas muitos me chamam de Fabinho, na época eu tinha 25 anos, 1,64 de altura, branco, pelos pelo corpo, não era malhado, porém não era gordo. Poderia ser classificado como um homem de aparência normal. Meus olhos claros e minha barba cheia sempre bem feita me dava um charme especial. Eu nunca me achei bonito mas também não me achava feio. Mas meus amigos amigos dos amigos em 90% deles, me considerava um cara bonito. Quando eu sair na balada não tinha dificuldade para pegar uma mulher. Eu que optei por nunca namorar sério com ninguém, nunca entregar meu coração.
      Voltando a história, meu celular tornou a insistir vibrar no meu bolso. Resolvi tirar do bolso e olhar quem tanto queria falar comigo. Achei que fosse a minha mãe meu pai ou até meu irmão que queria falar comigo. Por eles morarem em Pernambuco sempre ligavam naquele horário para mim. O número apareceu não identificado aí achei que fosse meu amigo Cleber que estaria me ligando para mim fazer algum convite para o próximo final de semana.

Eu - Alô!

Mulher - Oi bom dia gostaria de falar com o senhor Fábio Fernandes...

Eu - Quem gostaria?

Moça - Aqui aqui é Priscila secretária do colégio São Gabriel... Então o senhor deixou seu currículo alguns dias aqui no nosso site. O motivo da minha ligação é para saber se tem como o senhor vir hoje aqui no colégio fazer uma entrevista de última hora?

Eu - Ah sim, claro... posso chegar em qualquer horário antes das 17 horas ou tem um horário específico?

Moça - Isso... Pode sim... Mas, tem que ser hoje ainda e antes das 17 horas tudo bem?

Eu - Estarei aí...

Moça - Estaremos lhe aguardando...

    Após a moça desligar o telefone, eu só imaginava uma coisa. Como eu iria até aquele colégio, se eu não tinha dinheiro nem para voltar para casa direito. Aí me veio o seguinte pensamento;
"você pediu e eu te dei, fiz a minha parte agora faça a sua!"

Era como se Jeová tivesse falando na minha cabeça. Lembrei de cada vez que eu pedi um emprego na minha área. Resolvi pegar o primeiro ônibus que passou sentido aquele colégio. Pensei cá comigo, pago a passagem para ir ao colégio e na volta eu volto a pé. se acaso não der certo paciência mas se der certo, me darei muito bem na vida.

      A entrevista foi a melhor possível. A diretora do Colégio São Gabriel, precisava urgente de um professor de matemática financeira ela me ofereceu um contrato de 6 meses registrado. Com a possibilidade de me deixar definitivo no colégio, só ia depender de mim e do meu desempenho com os alunos. Fiquei muito feliz, mas quase tive um infarto na hora que ela me falou o salário. primeiro começou com suspense alegando que não poderia me pagar muito pois a escola também havia sido atingida pela crise financeira do país. Confesso que eu fiquei meio triste, em minha cabeça um salário pequeno era em torno de r$1000 à r$ 1500. E quando a dona Silvana me falou que iria pagar de início r$ 4500 eu arregalei os olhos e fiquei com dificuldade para respirar, tentei fingir que não ligava para aquele valor mas por dentro eu estava morrendo de felicidade. Apenas falei, que parem disse estava de bom tamanho. Saí de lá já como meu  contrato assinado, todo material didático que eu precisaria para lecionar minhas aulas, r$ 200,00 que segundo ela seria para pagar minhas condições de casa a escola da escola para casa. Saí que não me aguentava de lá, com dinheiro no bolso para pagar minhas passagens e finalmente poderia usar meu cartão de crédito para comprar novas roupas e uma mochila decente para levar meu material de dar aulas. Eu tinha um cartão de crédito que é muito não usava e finalmente usaria hoje. Primeira coisa que fiz foi ligar para o Cleber. pedi apenas que ele me encontrasse no shopping às 18 horas, e assim fizemos. quando chego lá levei ele para tomar um lanche no McDonald's, paqueramos algumas gatinhas, na verdade eu paquerei umas gatinhas e ele, segundo ele paquerou apenas os gatinhos. Isso mesmo meu amigo era gay assumido, e eu nunca tive nenhum problema com ele, sempre respeitei e ele a mim também. Na hora de pagar o lanche eu fui passar meu cartão e ele não quis deixar. Mesmo assim mesmo assim apaguei nosso lanche, e em seguida sem falar nada o encaminhei a uma loja de roupas sociais. O Cleber não estava entendendo nada. Ele achava um absurdo eu não ter emprego e está estourando o meu cartão de crédito daquele jeito. Ele insistia em perguntar em como eu faria para pagar aquela fatura. Então sentamos em um daqueles banquinhos que fica nos corredores do shopping e lhe contei tudo sobre meu novo emprego, sobre eu ser o mais novo professor contratado do colégio São Gabriel.

Cléber - Migo, você está me dizendo que foi contratado nada mais nada menos pelo melhor colégio aqui da cidade, de São Paulo????

Eu - Claro né... ou você acha que eu comprei esse monte de roupa social para ir sentar na praça no dia domingo vou te mostrar qual vai ser bo meu salário mas não fala nada!!

Cléber - Bixa do céu, agora eu tenho um amigo rico!  Aí bofe casa comigo?

       Chamei um Uber e o qual eu também paguei e fomos para casa eu para o meu come alugado e ele para o povo de alugado dele moramos no mesmo prédio, já tínhamos cogitado a hipótese de morarmos juntos porém não achávamos casas com dois quartos e que fosse barato dentro do nosso orçamento.

Amando Outro HomemOnde histórias criam vida. Descubra agora