8.

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DAKOTA

Acordo com um gosto ruim na boca, e a claridade que vem pela janela aberta não me ajuda muito com a dor de cabeça.

Nunca mais bebo vodka ou tequila.

Como vim parar em meu quarto? Essa é a pergunta de um milhão de dólares.

Olho ao redor agora sentada na cama e encontro meu celular entre as cobertas, pego e vejo que já são oito horas.

Com muito sacrifício me levanto, tenho uma reunião hoje cedo e mais tarde irei passear com a Analu e a Malu pela cidade.

Me arrasto até o banheiro onde faço minha higiene e tomo um banho. Saio de roupão e me visto com uma calça preta, uma blusa mais larguinha clara junto com saltos claros também. Faço uma make do dia para tentar ajudar na cara de ressaca e deixo meus cabelos presos.

Saio do quarto encontrando a Tônia e minha neném brincando.

- Bom dia amor. - pego ela no colo e encho de beijos

Meu paraíso é minha filha. Inspiro seu cheirinho e fico um tempo de olhos fechados. Abro os olhos e a encaro sorrindo para mim.

- bum dia mama.

Encontrar o pai da Ana ontem me fez arrepiar até o último fio de cabelo. A encaro por um tempo, olho cada detalhe do seu rosto e agradeço por ela se parecer bastante comigo.

Suspiro.

- Vamos tomar café? - pergunta Tônia me tirando dos meus pensamentos

- Claro, tudo que preciso é de um café preto bem forte e analgésicos.

Tônia sorrir e passa pela gente. Coloco Analu no chão e dou a mão para ela e vamos tomarmos nosso café.

Depois de tomar o café e uma dúzia de remédios para ver se a dor de cabeça vai embora. Saio do hotel, coloco meu óculos escuros para ninguém ver a ressaca estampada em minha cara e sigo para onde terei reunião.

(...)

Horas depois, saio do escritório com tudo já resolvido. Mando mensagem para Malu que já estava com minha filha e marco de encontrá-las para almoçar em um restaurante por perto.

- Então quer dizer que a senhorinha já pegou o tatuado né? - solta Malu do nada enquanto esperamos os nossos pedidos

- Passado. - dou de ombros e tento acabar com o assunto

- E que negócio é esse de piercing Dakota Medeiros. - diz me zoando

- Ele tem, falou aquilo para me irritar. - digo

O assunto acaba quando o garçom trás nossos pedidos, mas logo volta quando ele se vai.

- Eu acho que ele está afim de um revival. - diz enquanto come

- Então ele que fique querendo. - digo

Andamos por Paris - França, fomos na torre e navegamos pelo rio Siena.

Estava sentada em um bosque, onde haviam pessoas aproveitando um pouco do sol que já está dando seu adeus, pessoas praticando esportes e conversando. Estou esperando as meninas que decidiram comer um croissant.

Analu comeu tanto doce hoje com a madrinha que se a noite ela começar a trincar os dentes e ficar com verme, vou matar a Malu.

Estava mexendo no Instagram e conversando com a Samanta quando vejo quem eu menos queria.

- E aí? Perdida?

Diego está com roupa de corrida e todo suado me fazendo torcer o nariz.

- Não, esperando alguém.

Rezo para ele ir embora logo antes que a Malu volte com a Ana

- Ah sim. Já conheceu os pontos da cidade? - pergunta

- Já. Você não né? Paris é para se apreciar, não perder tempo fazendo exercícios. - digo

- Eu sei, mas trabalho com meu corpo. Preciso manter a forma.

Ia responder quando ouço uma gargalhada gostosa e quando olho em direção, vejo Analu vir correndo em minha direção e a Malu correndo logo atrás causando a gargalhada dela.

- Mama. - pula no meu colo e me chama, o que me faz engolir em seco - Touxe bolinho pa voxê. É de chocolati. - diz exausta pela correria

- Hm, para mim? Que delícia, obrigada. - ignoro totalmente os olhos confusos do Diego e beijo suas bochechas.

- Olá Diego. - o cumprimenta Malu - Essa pestinha corre muito. - se joga ao meu lado.

- Você tem uma filha? - Diego diz com um sorriso no rosto enquanto olha a minha neném

- Tenho sim, problema? - pergunto na defensiva

- Não. Ela é linda.

Passa a enorme mão na cabeça da Analu enquanto minha filha come o croissant que era para mim.

- Qual o nome? - pergunta

- Analu. - ela me olha quando falo seu nome e logo olha para o Diego

- Oi. - diz para ele com um enorme sorriso

- Olá linda, quantos anos você tem? - ele pergunta

- quase isso ati. - diz e levanta dois dedinhos

- Nossa, mas já é uma mocinha. - ela confirma com a cabeça

- Purque voxê tá com esa ropa? - pergunta a ele

- Eu estava correndo. Você gosta de correr? - pergunta

Ele está completamente entretido com minha filha.

Que é filha dele também. Minha mente grita

- Eu goto. Eu corro muito rapidinho. Minha dinda nem me pega. - diz com um sorriso sapeca

Malu que estava quieta ao meu lado no celular se levanta.

- Claro, sua dinda é sedentária. Não aguenta seu pique - diz e guarda o celular ao bolso

- Posso correr com voxê? - pergunta

- Não dá filha. Temos que ir pegar sua tia no aeroporto daqui a pouco. - digo e me levanto pegando a toalhinha dela para limpar sua boca suja de chocolate

- Deixa para outro dia. - Diego diz se abaixando para ficar na altura da Ana

- Tá. - diz toda derretida para ele

- Então se prepara, porque o titio aqui vai correr mais que você. - Fala e faz cócegas arrancando risada da Analu.

Saímos de lá e o Diego voltou a correr novamente. Quando já estamos a caminhado aeroporto, eu percebo o quão suada de nervoso eu estou.

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Xxlys

DakotaOnde histórias criam vida. Descubra agora