DIEGO
Alguns meses depois...
A vida passa tão de pressa quando estamos em nossa melhor fase.
Parece que foi ontem que reencontrei Dakota, todos os sentimentos - ainda que ainda não descoberto - vindo a tona de uma vez. Analu foi uma surpresa tremenda. Eu me apeguei aquela pequena, tínhamos uma ligação e isso era perceptível, mesmo ainda não sabendo de tudo.
Eu queria que Dakota me contasse, queria que ela sentasse comigo antes de tudo e se abrisse para mim. Não sou um monstro, provavelmente ficaria furioso mas seria muito melhor do que descobri da forma que foi.
Senti-me como se fosse usado, como se fosse uma peça em sua mão. Uma jogada de mestre por pura e completa ambição.
Queria não ter gostado dela, queria que tudo não tivesse acontecido e nossa química não tivesse rolado. Mas Analu já estava entre nós, o que me fazia não odiar tudo por completo.
Minha filha é a coisa mais bem feita que já fiz. Porra, ela é perfeita. Inteligente, linda, carinhosa e muito esperta.
Não poderia ficar longe, não mais.
Então, depois de muito pensar. Depois de refletir sobre todos os prós e contra. Eu tomei a decisão. Não tinha como negar que eu queria Analu ao meu lado, assim como queria sua mãe.
Passei pano real, e não me arrependo.
Às vezes eu paro e penso se fiz a coisa certa. E quando eu me viro na cama e encaro os três ali, deitados ao meu lado eu sei que minha escolha foi certeira.
Eu falei três? Sim, três!
Dakota está grávida de quase seis meses, nosso meninão está a caminho. E dessa vez não foi premeditado, foi um susto tremendo, tanto para mim quando para ela.
Estamos pouco mais de dez meses juntos e estamos vivendo todos os dias intensamente. Amo essa cine que possuímos e construímos. Estamos no caminho certo para a nossa felicidade.
- Bom dia papai. - Me viro de lado e encaro Analu já acordada sentada na cama
Seus cabelos bagunçados e a cara amassada me fazer rir e acariciar sua face.
- Bom dia minha princesa.
- Dormiu bem? - pergunta
- Muito bem, e você? - questiono rindo
- Dormi também. - diz e encara sua mãe apagada ao seu lado - Ela está roncando. - ela solta e eu acabo rindo
- Vamos deixar ela dormir. - me levando devagar - Vamos escovar os dentes mocinha. - digo e a puxo para o meu colo nos direcionando até o banheiro do na quarto
Moramos juntos. Somos um casal entretanto sem rótulos. Não conversamos sobre isso, somente vivemos dia após dia sem nos preocupar com o que chamaremos um ao outro.
- Eu quero a pasta de tuti-fruti. - Analu diz enquanto sobe no seu banquinho para escovar os dentes
- Aqui está, mas não é para comer não. - digo e ela sorrir sapeca
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