➡ 3° livro da Trilogia Diários
Depois dos acontecimentos que culminaram na prisão de Kevyn, todos pensaram que o pesadelo estava acabado, mas entre os três irmãos, ainda havia um que tinha uma história com o assassino. Uma história que ninguém conh...
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Existem certas coisas que são melhores quando mantidas em segredo, pois a partir do momento em que são reveladas, fazem mudar toda a perspectiva de uma pessoa.
Para algumas pessoas se tornou comum dizer que preferem a verdade, por mais dolorosa que seja. Não posso dizer que concordo plenamente com isso. A verdade é que algumas mentiras protegem mais.
Afinal, qual o sentido de sofrer quando se pode viver confortavelmente na ignorância?
Somos humanos imperfeitos. Não há exceções. Mas algumas verdades devem ser mantidas escondidas, senão pelo bem de todos, pelo menos pela possibilidade de algumas pessoas não sofrerem desnecessariamente.
Maio de 2024, 2am
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Cristal revirava na cama confortável. Tentava dormir desde as dez da noite, procurando, em vão, o descanso físico, mas sua mente ativa não estava em sintonia com seu corpo cansado.
Fazia duas semanas que estava trabalhando com Heidi Becker. Era incrível. A mulher tinha tal paixão por sua profissão que era impossível não se sentir inspirada e animada para seguir o mesmo rumo.
Cristal amava isso, porém sentia falta de sua família, de sua casa e de sua melhor amiga. Nicole estudava Direito, pois sonhava em se tornar uma juíza influente para lutar por um sistema prisional mais rígido para bandidos perigosos demais para conviver em sociedade, como ela achava que era o caso de Kevyn. Elas se falavam sempre por chamada de vídeo, mas às vezes ela sentia necessidade de mais do que falar.
Nicole fazia falta porque a conhecia melhor que qualquer outra pessoa no mundo. Muitas vezes, quando a dor de seu passado atingia Cristal sem avisar, ela não precisava falar, apenas ficava abraçada com sua amiga, sendo silenciosamente confortada por ela.
Não que precisasse ser confortada naquele momento, longe disso, mas sentia falta de poder contar com sua amiga a todo momento.
Suspirou e se sentou, movendo as pernas para fora da cama.
Precisava tomar um ar. Talvez comer um pouco de sorvete ou qualquer coisa doce. Só não adiantava ficar deitada sem conseguir dormir.
Pisou no tapete, onde suas pantufas estavam, e se levantou. Não se importou em pegar um robe para cobrir o pijama da Docinho, das Meninas Superpoderosas. Era uma blusinha de alça e um short curto, mas não tinha por que se esconder, afinal, só estavam ela e Melissa naquele apartamento enorme.
