3. Cabeças rolando

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     Depois de alguns minutos tentando acalmar minha respiração e meus pensamentos, me levanto e sigo de volta ao salão de baile, onde sangue está aguardando para escorrer.

     Entro no salão como se nada tivesse acontecido, e vou direto para minha primeira vítima.

     Quando chego perto, o homem rapidamente se vira para mim, jogando seu charme - que eu chamaria mais de pesadelo -, contando suas histórias de vida, e o quão bom ele é no campo de batalha.

     O deixo falar, até que dou duas piscadelas, e vou para o outro lado do salão. Fico perto de um portal, e então faço um aceno com a mão para ele me seguir. O homem tolo vem quase correndo.

     Quando estamos no corredor, ele para subitamente.

- Para onde estamos indo?

- Shh – lhe silêncio, colocando um dedo em seus lábios - é segredo. – Sussurro. Ele me lança um sorriso safado.

- Danadinha. - Retribuo o sorriso. Mal sabe ele que sua cabeça sairá rolando em alguns minutos.

     Abro uma porta de madeira escura - uma dispensa.

     Enrolo minhas mãos em seu pescoço, e quando ele tenta me beijar, minha adaga atravessa seu coração. O homem cai duro no chão. Pulo por cima da poça de sangue que se forma, e me abaixo, sussurrando:

- Suas histórias são patéticas. E seu machismo é ridículo - já ouvi histórias assustadoras dele com mulheres. - Então espero que saiba, que foi morto por uma mulher; Mirabela Bowman Crown - enfio outra adaga em sua cabeça, e sorrio, saindo para fora da dispensa, seguindo bem plena para o salão de baile, como se nada tivesse acontecido.

     Mas quando chego ao salão, tenho um surpresa: Bombas de gás são jogadas do alto. Todos os convidados se abaixam tentando conter os impactos das bombas. Barulhos de explosões começam a surgir, uma atrás da outra, com uma névoa invadindo o salão. Só consigo ver Jace pegando meu braço e me levando para fora dele.

- O que está acontecendo? – pergunto, correndo para não sei aonde que Jace me leva.

- Já te explico! Vem, por aqui. - Ele diz, dobrando uma esquina, onde nos leva para uma sala redonda, cheia de prateleiras de livros velhos e empoeirados. Jace fecha a porta atrás de nós.

- Fui informado... - ele tenta pegar fôlego. - Que uma gangue veio atacar o castelo, já que haveria muitos nobres aqui essa noite. Seja lá para quem trabalham, deu bombas de gás para eles jogarem, nunca teriam isso sozinhos. - Não consigo ouvir as últimas palavras, única coisa que ecoa na minha cabeça é James. James, James, James...
Ele conseguiu fugir? Está bem? Onde está?

- Mas provavelmente não durarão muito tempo, os guardas, ou até mesmo a rainha farão alguma coisa, e tenho dó dessas pessoas. Já são cadáveres se não fugirem. Vão pega-los e interroga-los, e suas cabeças cortadas – Jace completa. - Então nós também temos que fugir Ártemis, se descobrirem... - ele é interrompido por um guarda que abre a porta, então Jace rapidamente me puxa para um beijo, para disfarçar. Ah, mas quando nós estivermos sozinhos, ele vai ver....

     O guarda cora ao nos ver, então apenas diz:

- Vocês são da corte de Brownland, estou certo? – assentimos. Jace enlouqueceu? Estamos fantasiados de irmãos! - Ótimo, venham comigo, o palácio já está seguro. A rainha Selena retirou o gás, antes que as pessoas pudessem morrer. Pegamos cinco dos terroristas, a rainha pediu para que todos da realeza fossem para o grande salão. Então, se puderem me acompanhar, altezas. – Ele diz, fazendo uma breve reverência.

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