— Por que isso agora, Tia? Você sempre falou sobre o quanto Mystic Falls é uma cidade que não vale a pena morar, que não é um lugar bom para que eu crescesse e e que aquela cidade tem mais bruxas, lobisomens e vampiros do que humanos! — Lia grita para sua tia, que estava terminando de guardar algumas coisas em sua mochila.
— Nós vamos para lá, Lia, eu sou a mais velha e você tem que me obedecer. — A mais velha respondeu, com um sorriso irônico, que fez a mais nova se irritar. — Mystic Falls não tem tantos defeitos assim, para de má vontade, quem sabe a gente fica lá por um ano.
— Um ano inteiro na mesma cidade?— A sobrinha pergunta, arqueando uma de suas sobrancelhas, enquanto descia as escadas. — Por que isso do nada?
— Tenho assuntos a resolver lá, agora vamos, estamos atrasadas. — Disse, pegando sua mochila e destrancando a porta.
— Como se alguém estivesse esperando por nós. — Murmura, desviando o olhar de Amélia.
A dupla saí da casa em que estavam morando naquelas férias e logo vão para o carro, um Chevrolet Corvette de 1962 vermelho.
— Quando você vai me deixar dirigir a Lola? — Lia pergunta á sua tia, que insistia em chamar aquele carro pelo nome Lola, em homenagem a Phill Coulson.
— Quando eu morrer. — Ela diz ao entrar no carro, enquanto sua sobrinha bufava. — Não fique tão chateada, você tem o privilégio de entrar nela.
E então as suas começam a viagem, com o vento batendo em suas faces e em meio a conversas bobas sobre Star Wars e Jogos Vorazes.
— Okay, mas você não pode negar que a Effie é um ícone. — Amy diz para a mais nova.
— E você não pode negar que o Gale é o melhor personagem masculino! — Responde como se fosse óbvio.
— Eu só irei concordar com isso no dia que o Gale sobreviver aos Jogos! — Ela ri, fazendo a sobrinha ficar com cara emburrada. — Enfim, chegamos.
A mulher estaciona o carro em frente a uma casa branca tradicional. As duas loiras saem do carro, logo adentrando naquela casa que já estava mobiliada.
— Quer ir ver o seu quarto? — Amy pergunta.
— Com certeza! — A mais nova responde, logo subindo as escadas para encontrar o seu quarto. — Tia, como você arranjou essa casa?
— Ah, ela é de família. — Respondeu brevemente, fazendo Lia dar de ombros.
A menina começou a tirar algumas coisas de uma de suas mochilas, como edredões, fronhas e algumas almofadas e ia arrumando a cama conforme o seu gosto.
— Uau eu tenho lareira no meu quarto. — Ela diz baixo para si mesma, logo rindo disso.
Sua mão deslizava pela madeira branca talhada com desenhos e, ao ser tocado, um pequeno compartimento ali foi descoberto.
— O que é isso? — Perguntou, pegando o velho caderno encapado em couro preto em suas mãos.
As folhas estavam bastante amareladas e desgastadas e estavam juntas por conta de três fitas de couro que simulavam uma espiral de caderno.
— Fides autem est quae facit nobis. Celestis quasi fortes. — Lê as palavras em relevo na capa.
— O que disse? — Pergunta sua tia, se encostando na porta.
— Nada. — Responde, pondo o caderno atrás de seu corpo e lançando um sorriso. Ela não sabia porque mentiu, mas iria manter aquele livro em segredo.
— Okay, vamos jantar? — Prossegue, um pouco desconfiada.
— Já estou indo. — Sorri.
A garota enfeitiça o livro para que ele fique invisível para os outros e o põe embaixo de seu travesseiro, enquanto corre para fechar o compartimento que havia sido aberto.
— Eu não sei o que é isso, mas eu vou descobrir.
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THE OTHER ONE ━━ LEGACIES
FanfictionOUTRA | "Tudo que eu sei sobre mim é mentira, não tem um pingo de verdade na minha vida." Durante sua vida inteira, Lia M. Turner e sua tia se mudavam de galho em galho e nunca ficavam mais de um ano na mesma cidade, algo que sempre deixava a garota...