viii. rip the start

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   Não se esqueça de quem você é.

   Essa frase estava pintada de vermelho em uma das paredes da Casa das Turners, junto com as frases "Eu estou vindo" e "A hora chegou".
    Amy, que havia acabado de chegar na casa e estava apavorada, ela sabia muito bem do que se tratava aquilo, Dolan.

   — Limpare. — Enfeitiçou, fazendo com que toda aquela "tinta" sumisse.

    O coração da mulher estava acelerado e ela sentia que poderia desmaiar, nada no mundo lhe dava mais medo do que seu irmão, ela já foi mais forte que ele mas após começar a cuidar de sua sobrinha ela parou de aprender sobre magia, enquanto seu irmão caçava mais e mais poder.

    — Oi tia! Cheguei. — Anunciou Lia, no momento em que entrou na casa. Ela não conseguia prestar atenção em nada fora o nervosismo e medo de sua tia. — Ta tudo bem?

    — Liga... Liga pro Diretor Saltzman e avise que ele voltou. — Falou em um sussurro, que preocupava mais e mais a garota.

    — Mas... O que aconteceu? — Questionou, se aproximando da sua tia.

    — Faz o que eu mandei. — Falou baixo novamente, olhando a sobrinha não se mexer. — Agora! — Gritou e logo um trovão caiu, o que assustou a mais nova que rapidamente pegou o celular.

    A mulher parecia ter sido enfeitiçada, seu coração batia cada vez mais rápido e sua visão era cada vez mais turva, com inúmeros pensamentos ao mesmo tempo em sua cabeça.

    — Doutor Saltzman? — Disse pelo telefone. — Por favor vem na minha casa, a minha tia tá dizendo que ele voltou.

    — Lia... Você é boa. Você tem um bom coração. — Sua tia disse, aquele ponto parecia que ela estava delirando, mas estava apenas avisando sua sobrinha. — Nunca acredite em ninguém que disser o contrário. Você é boa. — Estava sentada no chão, com sua cabeça apoiada na "parede" da bancada.

    — O que houve? — Alaric entra na casa, vendo toda a situação. Lia estava com o medo estampado em seu rosto e sua tia parecia estar muito mal, mais mal do que jamais havia visto.

    — Eu não sei! Eu cheguei aqui e vi ela mal e ela mandou eu te ligar. — Respondeu, sua respiração estava ofegante e parecia que tudo a sua volta iria explodir.

    — Lia, eu preciso que você fique calma. — O homem falou, logo fazendo com que a outra começasse a respirar profundamente. — Vai ficar tudo bem. — Agora disse para a amiga, que estava suando. — Você consegue fazer um feitiço?

    — Sim.

    — Então faça. — Diz. — Faça esse feitiço. — Pega um pequeno caderno em seu bolso, um muito parecido com o que ela havia encontrado.

    — Ad conteram. — Pronuncia, pondo suas mãos junto com as de sua tia. Lia nunca havia visto esse feitiço mas ela sabia exatamente como o fazer, era como se fosse seu destino.

    Aos poucos a mulher foi voltando ao normal, seu suor foi parando e sua respiração ia voltando ao normal, o que acalmou sua sobrinha e seu amigo.

    — Agora por favor, me expliquem o que acabou de acontecer. — A mais nova diz, o que faz os dois adultos se entreolharem e se calarem.

    — Seu pai, Lia. — Sua tia pronuncia.

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