Após um longo dia de trabalho, Amy volta para sua casa calmamente, na ideia de descansar um pouco a mente e tentar pensar em como contar tudo para sua sobrinha.Ela entra na casa branca, pondo sua mochila em cima da bancada da cozinha e pronta para subir para seu quarto, mas logo é interrompida.
— Entregue a Lia... — Disse Dolan, sem mostrar sua face.
— Dolan. — Ela disse, logo sentindo uma pontada em seu coração. — Filho da pu...
— Esqueceu que eu sou seu irmão é? — Ele riu. — A Lia é minha filha, ela é minha por direito.
— Você queria. — Respondeu, sentindo a pontada ficar mais forte. — Vai pro inferno!
— Por que você não me entrega logo a garota? Aposto que nem se importa tanto com ela... — Disse, fazendo a mulher se irritar.
— Eu não me importo com ela?! Eu cuido dela por 16 anos, eu amo ela mais do que amo a mim mesma. — Gritou, pronta para fazer um feitiço.
— Mana, tão ingênua, achando que poderá me deter. — Ironizou. — Valte somnum posuit.
E em poucos segundos, a mulher estava prestes a desmaiar, e então seu irmão saiu de onde estava escondido para falar com ela.
— Eu não vou continuar sendo legal se você não me entregar a garota, Amélia. — Ele disse, quase que sussurrando no ouvido de sua irmã, e logo saiu de lá. — E que casa sem graça, hein! Parece até que você é uma Gilbert ou outro humano sem personalidade.
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Lia estava passando todos os dias na biblioteca, estudando sobre o cristal que seu pai havia tentado atingir nela, embora não encontrasse muitas coisas sobre ele. Também falava com Aileen todo dia, essa cuja tentava convencer sua mãe à botar ela para estudar na escola Salvatore.
— Lia, o Diretor Saltzman está mandando você ir para a sala dele. — Dorian disse, olhando a garota que estava sentada em uma das mesas.
— Mas o que eu fiz? — Ela pergunta para si mesma, logo fechando os livros. — Posso levar esses?
— Claro. — Ele sorriu.
E então a garota guardou os livros em sua mochila, logo correndo para a sala do Diretor e rezando para não ter feito nada de errado nesse tempo.
— Oi Diretor, você quer falar comigo? — Pergunta, logo entrando na sala.
— Sim, sente-se. — Diz, e então logo a garota faz o que foi pedido. — Eu preciso que você fique calma com o que eu vou te dizer.
— Agora eu to com medo. — Riu fraco, torcendo um pouco sua cabeça.
— Eu vou ser direto, sua tia sofreu um ataque. — Ele diz, fazendo a garota se espantar.
Naquele momento ela não queria sentir nada, mas sentia de tudo. Ela estava triste ao extremo ao saber o tamanho do perigo que sua estava tendo que lidar, estava com raiva de si mesma por não estar lá para ajudá-la, estava com medo de saber o motivo do ataque, ela estava um misto de tudo, o que nunca é bom para uma bruxa.
— E quando ela acordou do transe ela mandou uma mensagem que o hospital me mandou. — Ele prosseguiu, trazendo a atenção da menina de volta a ele. — "Ele quer a Lia e irá matar todos que estiverem em seu caminho".
— O-Obrigada por avisar. — E logo saiu daquela sala, tentando conter as lágrimas.
Ela correu para seu quarto o mais rápido possível, tentando se acalmar em relação a aquela situação. Suas lágrimas caíam e tudo que ela queria fazer era sumir da face da terra. Por mais que ela fingisse ser mais racional e não passional, no primeiro momento de dor a verdade aparecia e o controle era perdido.
Em poucos segundos, seu quarto começou a tremer, fazendo algumas coisas caírem no chão, sua mente parecia explodir e alguns vidros começaram a se rachar.
— Lia! — Hope diz, entrando no quarto da garota.
— Eu não consigo fazer isso parar, Hope! — Disse chorando, fazendo sua amiga correr para a abraçar. — Fique longe, eu posso te machucar.
— Eu não tenho medo, confio em você. — Respondeu, logo abraçando a garota, que chorava sem parar.
— Eu estou cansada de ser a garota que chora e não consegue se controlar, Hope! — A loira diz, logo após toda a tremedeira parar. — Eu quero ser a forte.
— Eu sei, eu vou te ajudar... — A morena disse, separando o abraço. — O que aconteceu?
— É uma longa história...
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— Você escondeu tudo isso de mim?! — A tribrida exclama, assim que a garota termina de contar a história.
— Em minha defesa, você fez o mesmo quando você foi esquecida. — Ela disse, agora bem mais calma.
— Justo.
— Eu chamaria de provar do próprio veneno, mas justiça serve nesse sentido. — Sorriu fraco, deitando em sua cama e olhando para o teto, logo sendo acompanhada pela outra.
— Pode contar comigo. — Ela disse.
— Obrigada, coelha. — Respondeu, tocando rapidamente seu dedo na ponta do nariz da garota.
— Faz tempo que você não me chama assim. — A garota respondeu, com um pequeno sorriso.
— Assim como tem tempo que a gente não faz isso. — Estendeu seu dedo mindinho, sorrindo fracamente. — Always and forever?
— Always and forever.
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— Lia! Eu soube que você perdeu o controle, o que aconteceu? — Aileen pergunta, avistando sua amiga.
— As notícias correm rápido por essa escola... — A loira responde, quase em um suspiro. — Minha tia foi atacada por meu pai.
— Eu sinto muito... Você já descobriu alguma coisa?
— Nada, e agora eu tenho a confirmação de que meu pai está em Mystic Falls, o que impede ele de me atacar a qualquer momento? Nada. — A garota responde, olhando para os dois lados. — Eu estou pondo todos em risco aqui.
— E todos aqui te põem em risco também, okay? — Diz, apoiando seu braço no ombro dela.
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THE OTHER ONE ━━ LEGACIES
FanfictionOUTRA | "Tudo que eu sei sobre mim é mentira, não tem um pingo de verdade na minha vida." Durante sua vida inteira, Lia M. Turner e sua tia se mudavam de galho em galho e nunca ficavam mais de um ano na mesma cidade, algo que sempre deixava a garota...