Julgamento

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Submundo

Desde que Shun assumiu o controle desse mundo, ele se tornou muito tranquilo, os espectros trabalhavam felizes pois eram governados com muita justiça e eram tratados com muito respeito, o novo deus dos mortos não os diferenciava por suas patentes, pois todos eram importantes para que as almas recebessem um bom julgamento.

Caronte estava trabalhando com o seu barco, agora lhe era proibido de pedir algo para atravessar os mortos de uma margem do rio até a outra, como no submundo os espectros não precisam de dinheiro para viverem, o que Caronte exigia para que a pessoa entrasse no seu barco era guardado em um cofre pois ele adorava o brilho das moedas de prata, mas Shun lhe proibiu de pedir algo em troca de realizar seu trabalho, o espectro não gostou dessa exigência, mas teve que a cumprir para não ser punido. Ele estava sentado em cima do seu barco, quando aparece alguém que ele conhecia, mesmo June não participando da guerra contra Hades, os espectros conheciam todos os rostos das pessoas que defendiam Atena, assim que a loira entrou no barco, o barqueiro enviou uma mensagem telepática para Ikki pois sabia que essa humana tinha uma ligação com o novo deus dos mortos.

Ikki: Assim que recebi a mensagem do barqueiro, fui para a outra margem do rio e fiquei esperando a chegada da June, pois a levaria diretamente para a sala do trono, Shun nunca julga ninguém, mas que ele possuía um sentimento sincero por essa loira e sei que desejaria que fosse julgada por suas próprias mãos, como era uma mulher bondosa com certeza iria para os Elísios, mas quando ela desceu do barco, imediatamente percebi que essa pessoa cometeu muitos pecados enquanto vivia na terra, com o passar do tempo, fui me acostumando com a vida no submundo e comecei a entender as almas, agora só em ver uma alma chegando ao submundo sou capaz de saber se ela cometeu ou não pecados graves, mas eu não pensarei nisso pois não sou um dos juízes para realizar o seu julgamento.

Acompanhe-me, lhe levarei até o lugar onde será o seu julgamento onde Shun lhe aguarda, já o avisei de sua chegada.

Passamos por alguns vales e prisões e chegamos a Giudecca onde Shun estava esperando, chegamos a enorme sala onde tinha dois tronos, um dos Shun e o outro de Hecate, há alguns meses atrás eles tinham decidido viverem juntos e estavam muito felizes, essa deusa fez muito bem ao meu irmão que estava muito infeliz no submundo, mas agora ele estava alegre, os seus olhos brilhavam de uma forma mais forte que antes que era um humano, agora sua voz impõe respeito a todos no submundo, mesmo quando se trata de algum deus que venha aqui o visitar.

June: Saber que seria julgada por Shun me deixou muito tranquila, sei que iria para os Elísios que devem serem lindos, me lembro de toda a minha vida e ainda estava inconformada por ter perdido a minha vida por causa daquele ser nojento que estava dentro de mim.

Shun: June, eu esperava que demorasse muito para a sua chegada aqui, percebo que mudaste muito desde a última vez que nos vimos e vejo que também não está arrependida pelos seus erros.

June: Não tenho a me arrepender.

Shun: Seus crimes são variados, você praticou luxúria, fidelidade, falsidade e o pior tentou matar um ser inocente, isso não são coisas que podem serem perdoados, te colocar em uma das minhas prisões não te faria mudar seu comportamento e como consequência sua alma não seria purificada, por isso você trabalhará em vários lugares diferentes do submundo até que se arrependi de seus erros e tem lugares que são horríveis para serem limpados pois tem muito sangue no chão.

June: Não tem o direito de me fazer de faxineira, isso não é um trabalho digno para a minha pesada.

Shun: Ikki, a leve para uma das prisões e coloque um dos espectros para vigiar o seu trabalho.

Ikki: Obedeço a ordem do meu irmão com alegria e a levo para a prisão mais horrorosa do submundo, adorei o julgamento dessa pessoa, agora aprenderá a ser humilde e a dar valor a vida que tinha.

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