Meu Badboy

Capítulo 1 (Parte 1)

TRIGGER WARNINING!

ATENÇÃO! ESTE LIVRO CONTÉM CENAS DE AGRESSÃO FÍSICA E PSICOLÓGICA. TAMBÉM VAI RETRATAR O ASSUNTO: RELACIONAMENTO ABUSIVO, QUEM FOR SENSÍVEL, POR FAVOR, NÃO LER.

— Mas que merda! — Billy grita irritado fazendo Marla se encolher em seu lugar, afundando ainda mais na cadeira.

— Aconteceu alguma coisa? — A garota pergunta de maneira cautelosa.

— Se aconteceu alguma coisa? Essa droga está sem sal, está tudo insosso, porra! — Ele bate com as duas mãos na mesa fazendo um grande estrondo.

— Você falou da outra vez que estava salgado, então diminuí a quantidade de sal na comida... — Ela diz quase em um sussurro com a cabeça baixa, era nítido o medo em seus olhos.

— Ah, já entendi tudo! Você fez propósito!

Marla sente o medo percorrer em suas veias, ela sabia o que a irritação do namorado significava.

— Nã-não... — Sussurra meneando a cabeça negativamente.

— Cala a boca, sua vadia! — Esbravejou se levantando da cadeira e indo em direção a Marla. — Agora você vai ver o que acontece com quem me desafia.

Nesse momento, Billy segurou Marla pelo braço e a jogou no chão fazendo com que a mesma batesse a cabeça na parede atrás de si.

— Eu juro... — A garota choramingou. — Não fiz de propósito! — Billy solta uma risada breve.

— Acha que eu idiota, sua puta?

— Nun-nunca! — Balança a cabeça freneticamente em negação.

Suas mãos suavam, toda vez que aquilo acontecia, Marla sentia seu coração apertar, ela tinha medo de morrer, mas não era por ela e sim pelo seu filho Nicholas de apenas sete meses que estava no cômodo ao lado.

Marla sequer podia cogitar a ideia de morrer e deixar seu bebê nos cuidados daquele monstro, na qual, um dia ela achou que fosse o amor de sua vida.

— Billy, por favor, se acalma. — Suplica. Ela não se importava em se humilhar se fosse para proteger seu filho.

Ela nunca esperou que seu conto de fadas se tornasse um verdadeiro pesadelo, seus sapatinhos de cristais quebraram muito antes de entrar no altar, nunca teria imaginado que seu namorado Billy que a enchia de presentes e beijos podia ser aquela pessoa tão cruel que estava à sua frente.

Billy apenas a ignora e avança para cima dela puxando seus cabelos e a levando em direção a sala de estar, ele parecia insano.

Assim que a soltou, Billy deferiu um tapa certeiro em sua face marcando sua bochecha com forma de seus dedos.

— Você não é nada! — Ele a chuta com força. Era comum para ele tentar diminui-la dizendo o quanto ela era dependente dele.

A vista de Marla fica embaçada, ela já não escutava mais nada, estava tudo rodando.

Ela sentiu outros chutes, um atrás do outro. A garota tentou levantar a cabeça para olha-lo, mas ao fazê-lo, Billy lhe dá um soco na região do olho esquerdo.

Depois de alguns minutos naquela situação, Billy finalmente vai embora. Marla se encolhe no chão onde está e começa a chorar baixinho.

Como ela deixou as coisas chegarem naquele ponto? Em que momento aquele rapaz apaixonado e cavalheiro havia se tornando aquele monstro? Será que ele sempre foi assim?

Billy tivera sido o primeiro em tudo para a Marla. Primeiro beijo, primeiro namorado, primeira vez...

Desde que ele ameaçara seu filho há cinco meses, Marla decidiu por um fim nisso, ela queria fugir, mas não era fácil, ela estava sempre sendo vigiada pelo namorado, tinha câmeras de seguranças em todo o apartamento, sem contar os cadeados nas janelas e nas portas, ela não tinha nenhum tipo de contato com o mundo de fora.

Ela está nessa situação há exatamente um ano e quatro meses, o tempo exato de quando ela descobriu está grávida do Nick.

Marla sempre se considerou uma garota submissa em relação aos homens, apesar do Billy ter sido seu primeiro e único namorado até então ela sabia que essa característica fazia parte de sua personalidade

Porém, tudo tinha um limite e Marla com toda certeza não era uma daquelas garotas que obedeciam as cegas os maridos e namorados, ela era submissa apenas até certo ponto e o Billy ultrapassou há muito tempo o estipulado.

Marla tentou se levantar, mas ao faze-lo ela sentiu uma fisgada enorme nas suas costelas do lado esquerdo do abdômen a fazendo ficar sem ar.

Ela gemeu baixinho enquanto lágrimas transbordavam de seus olhos, a dor estava absurda, de todas as vezes que o Billy a espancara ela nunca tinha ficado tão mal quanto naquele dia.

Marla queria se levantar e poder ir até seu filho, mas ela não conseguia, estava doendo demais e ela não conseguia mexer um músculo sequer sem ter que sentir que havia algo a rasgando por dentro.

Seus olhos estavam pesados, por mais que ela quisesse ficar acordada, naquele momento isso era praticamente uma missão impossível e aos poucos Marla foi perdendo a consciência.

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Pipoquinhas, um feliz Natal para vocês, espero que gostem do capítulo, não esqueçam de falar nos comentários o que acharam do capítulo e dos personagens haha, também não esqueçam das estrelinhas ;)